Montage as a technique and a possibility for criticizing modernity.
The panel I Saw the World... It Began in Recife.
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.54189Keywords:
Cícero Dias, Recife, Montage, ModernityAbstract
The panel I Saw the World... It Began in Recife (1926-29) is a significant milestone in the history of Brazilian modern art, not only for having inaugurated the Revolutionary Salon of 1931 but also for presenting various facets of a world that Cícero Dias considered modern. This was achieved through the union – montage – of fragments collected from his daily life or narrated by others. It encompasses the lights, colors, and forms of the Northeastern countryside, sugarcane mills, manor houses and slave quarters, the sea and townhouses of Recife, and aristocratic and popular traditions that Dias represented his world. This article aims to analyze this work through the strategy of montage, a technique associated with artistic avant-gardes, as a critical possibility to think about the images of modernity as suggested by Walter Benjamin.
References
ANDRADE, MÁRIO. Carta a Tarsila do Amaral [1931]. In: AMARAL, Aracy (Org.). Correspondência Mário de Andrade & Tarsila do Amaral. São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo; Instituto de Estudos Brasileiros, 2001. (Coleção Correspondência de Mário de Andrade).
BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção. A explicação histórica dos quadros. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica [1935-1936]. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2016.
BENJAMIN, Walter. Paris, a capital do século XIX [1935]. In: BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história [1940]. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 2016.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
BENJAMIN, Walter. Surrealismo. O Surrealismo. O último instantâneo da inteligência europeia [1929]. In: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 2016.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido se desmancha no ar. A aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
BEZERRA, Angela Maria Grando. Anos 30, Cícero Dias, seu verde e encarnado, seu “realismo”. In: CORTÉS, Gloria; GUZMÁN, Fernando; MARTÍNEZ, Juan Manuel (Org.). Arte y Crisis en Iberoamerica: segundas jornadas de Historia del Arte. Santiago: RIL Editores, 2004.
BEZERRA, Angela Maria Grando. Cícero Dias ou uma aparição “sur-realista” por excelência. In: Colóquio Brasileiro de História da Arte, 2002, Porto Alegre. Anais do XXII Colóquio Brasileiro de História da Arte. Porto Alegre: Comitê Brasileiro de História da Arte, 2002. Disponível em http://www.cbha.art.br/coloquios/2002/index.html. Acesso em: 12 out. 2020.
BEZERRA, Angela Maria Grando. Cícero Dias, matrizes para uma poética. In: ENCONTRO DA ANPAP, 2017, Campinas. Anais do 26º Encontro da ANPAP. Campinas: PUC Campinas, 2017. Disponível em http://www.anpap.org.br/anais/2017. Acesso em dez. 2019.
BORGES, Raquel. Recife lírica: representações da cidade na obra de Cícero Dias. 2012. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
BORGES, Raquel. Triunfo do irreal: arte, loucura, surrealismo e a experiência de Cícero Dias (1920-1930). 2017. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.
BÜRGER, Peter. Teoria de vanguarda [1974]. São Paulo, 2017.
CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados, São Paulo, v. 5, n. 11, São Paulo, p. 173-191, abr. 1991. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/8601. Acesso em: nov. de 2019.
DIAS, Cícero. Eu vi o mundo. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
DIAS, Cícero. Pintura de Cícero Dias alimenta-se de música e poesia. O Estado de São Paulo, São Paulo, 24 abr. 1999. Caderno 2. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19990424-38539-nac-0060-cd2-d1-not. Acesso em: 02 fev. 2022.
DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 2010.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tomam posição. O olho da história I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, p. 206–219, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15454. Acesso em: 8 maio. 2022.
DIMITROV, Eduardo. Regional como opção, regional como prisão: trajetórias artísticas no modernismo pernambucano. 2013. Tese (Doutorado em Antropologia) –Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
ELLIOTT, Brian. Benjamin for Architects. Londres: Routledge, 2010.
FREYRE, Gilberto. Cícero Dias, seu azul e encarnado, seu “sur-nudisme”. [1929] In: DIAS, Cícero. II exposição Cícero Dias na Escada. Recife: Oriente, 1933. p. 1-6. Disponível em: http://www.bvgf.fgf.org.br/portugues/obra/prefacios_p_terceiros/cicero.htm. Acesso em: 12 ago. 2018.
FREYRE, Gilberto. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2013.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mocambos. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 1937.
GOMBRICH, Ernst. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
JACQUES, Paola Berenstein. Montagem de uma outra herança: urbanismo, memória e alteridade. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.
JACQUES, Paola Berenstein. Pensar por montagens. In: JACQUES, Paola Berenstein; PEREIRA, Margareth da Silva (Org.). Nebulosas do pensamento urbanístico. Salvador: EDUFBA, 2018b.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. A fotografia como documento ‒ Robert Capa e o miliciano abatido na Espanha: sugestões para um estudo histórico. Tempo, Niterói, n. 14, 2002.
MOREIRA, Fernando (Org.). Recife: cinco séculos de cidade e arquitetura. Recife: Cepe, 2022.
MOREIRA, Fernando. Dos Subúrbios coloridos aos horizontes molhados: a expansão urbana do Recife nos anos 1920. In: MOREIRA, Fernando (Org.). Recife: cinco séculos de cidade e arquitetura. Recife: Cepe, 2022b.
MOREIRA, Fernando. A aventura do urbanismo moderno na cidade do Recife, 1900-1965. In: LEME, Maria Cristina da Silva (Coord.). Urbanismo no Brasil (1895-1965). São Paulo: Studio Nobel, 1999.
MOREIRA, Fernando. A construção da cidade moderna: Recife (1909-1926). 1994. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1994.
PONTUAL, Virgínia. O Urbanismo no Recife: entre ideias e representações. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Recife, a. 1, n. 2, p. 89-108, 1999. Disponível em https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/39 . Acesso em: 2 maio 2019.
SARLO, Beatriz. Modernidade periférica: Buenos Aires 1920 e 1930. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
STIERLI, Martino. Montage and the Metropolis Architecture, Modernity, and the Representation of Space. New Haven; London: Yale University Press, 2018.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Ana Carolina de Freitas Trindade, Fernando Diniz Moreira

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License that permits sharing of the work with acknowledgement of authorship and initial publication in this journal;
- Authors are permitted to enter into additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., the Creative Commons Attribution License).
- Authors are permitted and encouraged to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their home page) at any point before or during the editorial process, as this may generate productive changes as well as increase the impact and citation of the published work.
- It is the responsibility of the authors to obtain written permission to use in their articles materials protected by copyright law. Revista PÓS is not responsible for copyright breaches made by its contributors.