Intersecção entre tradução e performance no conceito haroldiano de transcriação
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.55778Palavras-chave:
tradução, performance, transcriação, corpo, arteResumo
No presente artigo, investigou-se as relações entre os campos de estudos da performance e da tradução, considerando os conceitos de performance de Erika Fischer-Lichte (2017) e Paul Zumthor (2014), a partir da importância do corpo para a produção e recepção de obras de arte espetaculares ou literárias. Além disso, considerou-se a produção textual de Haroldo de Campos, cujas contribuições levaram a poesia aos museus, em especial por meio de sua transcriação, entendendo a poesia em suas dimensões verbal, visual e sonora. Nesse sentido, tais textos foram investigados com vistas a dar ênfase às relações entre corpo, performance e tradução como um caminho para compreender a dinâmica e a interdisciplinaridade nas artes.
Downloads
Referências
BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem (1915-1921). Organização, apresentação e notas de Jeanne Marie Gagnebin. Tradução de Susanna Kampff Lages e Ernani Chaves. São Paulo: Duas Cidades: Editora 34, 2013.
BÜRGER, Peter. Teoria da vanguarda. Tradução de José Pedro Antunes. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
CAMPOS, Haroldo de. Kurt Schwitters, ou o júbilo do objeto. In: CAMPOS, Haroldo de. A arte no horizonte do provável e outros ensaios. São Paulo: Perspectiva, 1969. p. 35-54.
CAMPOS, Haroldo de. Contexto de uma vanguarda. In: CAMPOS, Augusto de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1975. p. 151-155.
CAMPOS, Haroldo de. Educação dos cinco sentidos. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CAMPOS, Haroldo de. De la razón antropofágica y otros ensayos. Selección, traducción y prólogo de Rodolfo Mata. México: Ed. Siglo XXI, 2000.
CAMPOS, Haroldo de. Da tradução como criação e como crítica. In: CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras metas. São Paulo: Perspectiva, 2006. p. 31-48.
CAMPOS, Haroldo de. Na montanha. In: CAMPOS, Haroldo de. Escrito sobre jade: poesia clássica chinesa reimaginada por Haroldo de Campos. Cotia: Ateliê Editorial, 2009. p. 49.
CAMPOS, Haroldo de. Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora. Pesquisa e organização dos textos de Sônia Queiroz. Belo Horizonte: Labed Fale/UFMG, 2011.
CARDOZO, Mauricio Mendonça. Tradução & os sentidos da crítica. In: AMORIM, Lauro Maia, RODRIGUES, Cristina Carneiro; STUPIELLO, Érika Nogueira de Andrade (org.). Tradução & perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Editora Unesp: Cultura Acadêmica, 2015. p. 233-262.
CASSIN, Bárbara. A performance antes do performativo, ou a terceira dimensão da linguagem. Tradução de Luana de Conto. Revista Letras, Curitiba, n. 82, p. 11-46, 2010. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/viewFile/20105/16774. Acesso em: 20 set. 2024.
FISCHER-LICHTE, Erika. Estética de lo performativo. Tradução de Diana González Martín y David Martínez Perucha. Madrid: Abada Editores, 2017.
GONÇALVES, Aguinaldo José. Relações homológicas entre literatura e artes plásticas: algumas considerações. Literatura e Sociedade, São Paulo, Brasil, v. 2, n. 2, p. 56-68, 1997. Disponível em: https://revistas.usp.br/ls/article/view/13268. Acesso em: 21 fev. 2025.
GUERINI, Andréia; COSTA, Walter Carlos. Brasil – História da tradução. In: ASOCIACIÓN IBÉRICA DE ESTUDIOS DE TRADUCCIÓN E INTERPRETACIÓN. Enciclopédia de tradução e interpretação. Alicante: AIETI, 2022. Disponível em: https://www.aieti.eu/enti/brazil_POR/entrada.html. Acesso em: 16 ago. 2024.
JAKOBSON, Roman. Lingüística e poética In: JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 2019, p. 118-162.
PAULA, Luciane de; LUCIANO, José Antonio Rodrigues. Recepções do pensamento bakhtiniano no Ocidente: a verbivocovisualidade no Brasil. In: BUTTURI Jr., Atilio; BRAGA, Sandro; SOARES, Thiago Barbosa (org.). No campo discursivo: teoria e análise. Campinas: Pontes, 2020. p. 133-166.
PERFAZER. In: HOUAISS dicionário online português. [2024]. Disponível em: https://houaiss.online/houaisson/. Acesso em: 20 jul. 2024.
POESIA CONCRETA: o projeto verbivocovisual. Palácio das Artes, Belo Horizonte, 4 a 28 out. 2007. Exposição. Disponível em: https://poesiaconcreta.com.br/. Acesso em: 19 set. 2024.
ROBAYNA, Andrés Sánchez. O barroco da leveza. Revista USP, São Paulo, n. 8, p. 135-140, 1991. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/52152. Acesso em: 21 fev. 2025.
VALÉRY, Paul. Poesia e pensamento abstrato. In: BARBOSA, João Alexandre. Variedades. Tradução de Maiza Martins de Siqueira. São Paulo: Iluminuras, 1999. p. 223-245.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção e leitura. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fernanda Goya Setubal, Anderson Bogéa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.







