Oralitura and Escrevivência in the Performance of Black Women at the Brazilian Poetry Slam

Authors

  • Gisett Elizabeth Lara Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.52322

Keywords:

black women, escrevivência, oralitura, performance art, poetry slam

Abstract

This paper aims to relate the concepts of “escrevivência”, developed by Conceição Evaristo, and “oralitura”, developed by Leda Maria Martins, to think about the performance practice carried out by black women in the Brazilian poetry slam. Based on the poem “Nóis é clitóris” (2020), by the São Paulo slammer Midria, we argue that at the time of the slam performance, oralitures of the female body of black women are gestated today, moving from poetic writing and narratives of personal experiences traversed by the coloniality of gender to the performative representation of black feminist discourse. Through the poem “Nóis é clitóris”, Midria establishes connections between sexual pleasure and creation, showing trajectories of personal and social transformation of the black body. The author records these narratives through poetic writing, where she resignifies them through orality, to be disseminated in front of the community during the presentation. To understand the situation of subjugation and oppression experienced by women in Latin America since colonization, and also to make visible the mechanisms of subversion to the current patriarchal system that are born from groups of feminist women, we will resort to the theoretical contributions of decolonial feminist philosopher María Lugones, in tune with thinkers such as Lélia Gonzalez, Patricia Hill Collins, Catherine Malabou, among others.

Downloads

Download data is not yet available.

References

CASTILLO, Alejandra. Adicta imagen. Buenos Aires: La Cebra, 2020.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.

CONCEIÇÃO Evaristo – Escrevivência. 2020, 1 vídeo (24 min). Publicado pelo canal Leituras Brasileiras. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QXopKuvxevY&t=187s. Acesso em: 11 ago. 2025.

CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakaxutxiwa: Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta limón, 2010.

CUSICANQUI, Silvia. Sociología de la imagen: miradas ch’ixi desde la historia andina. Buenos Aires: Tinta limón, 2015.

DALCASTAGNÈ, Regina. O prego e o rinoceronte. Porto Alegre: Zouk, 2021.

DENIS, Benoit. Literatura e engajamento: de Pascal a Sartre. Tradução de Luiz Dagoberto de Aguirra Roncari. Bauru: Edusc, 2002.

FERNANDES, Heleine. A poesia negra-feminina de Conceição Evaristo, Lívia Natália e Tatiana Nascimento. Rio de Janeiro: Malê, 2020.

FERREIRA, Denise. Homo Modernus: para uma ideia global de raça. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022.

FUENTES, Marcela. Activismos tecnopolíticos: constelaciones de performance. Tradução de Mariano López. Buenos Aires: Eterna Cadencia, 2020.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2009. p. 237-256.

hooks, bell. Mulheres negras revolucionárias: nos transformamos em sujeitas. In: hooks, bell. Olhares negros: raça e representação. Tradução de Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019. p. 83-108.

hooks, bell. Vendendo uma buceta quente: representações da sexualidade da mulher negra no mercado cultural. In: hooks, bell. Olhares negros: raça e representação. Tradução de Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019. p. 110-132.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019.

LARA, Gisett. La outra geografia de la favela em Becos da memória, de Conceição Evaristo. Abril, v. 12, n. 55, p. 135-148, 2020.

LARA, Gisett. Voces de mujeres tercermundistas: feminismo y literatura comprometida. Itinerarios, n. 55, p. 161-172, dez. 2022.

LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

LORDE, Audre. Las herramientas del amo nunca desarmaran la casa del amo. In: MORAGA, Cherríe; CASTILLO, Ana (org.). Esta puente, mi espalda: voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos. San Francisco: ism press, 1988. p. 89-93.

LORENA Cabnal – Red de Sanadoras Ancestrales del Feminismo Comunitário Territorial. 2019, 1 vídeo (24 min). Publicado pelo canal CISCSA Ciudades Feministas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4frGU4qOnpU. Acesso em: 11 ago. 2025.

LUGONES, María. Pilgramages/peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions. Lanham: Rowman & Littlefield, 2003.

LUGONES, María. Colonialidade e gênero. Tabula Rasa, n. 9, p. 73-101, dez. 2008.

LUGONES, María. Hacia un feminismo descolonial. La manzana de la discordia, n. 2, p. 105-119, 2011.

MALABOU, Catherine. El placer borrado: clítoris y pensamiento. Santiago: La cebra, 2021.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

MENDES, Clayton. Contraindicação. São Paulo: Zinelândia, 2016.

NAVARRO, Eduardo. Dicionário tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2013.

PEREIRA, Midria. A menina que nasceu sem cor. São Paulo: Grandir: 2020.

PIMENTEL, Ary. Editoras cartoneras e a literatura fora do cânone: um olhar crítico para as margens do mundo editorial. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 62, p. 1-14, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/37421. Acesso em: 15 ago. 2023.

PRATES, Lubi. Meu corpo é meu lugar de fala. In: PRATES, Lubi. Um corpo negro. São Paulo: Nosotros Editorial, 2018.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

ROMÃO, Luiza Sousa; PEREIRA, Midria. Eu canto o corpo autêntico: a poesia de slam e a política cultural de performar identidade. Tradução do capítulo três do livro The Cultural Politics of Slam Poetry, de Susan B. A. Somers-Willett, 2009. Terceira Margem, v. 26, n. 49, p. 259-289, 2022.

SÁ, Tayná Corrêa de. Revolução através da palavra: reflexões acerca do uso da literatura e da oralidade como expressão social e atuação política no Slam das Minas - RJ. GIS: Gesto, Imagem e Som, v. 6, n. 1, p. e-175918, 2021. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/gis/article/view/175918. Acesso em: 17 fev. 2023.

SANTOS, Gilney. Ribeiro D. O que é lugar de fala? Resenha do livro O que é lugar de fala de Djamila Ribeiro. Saúde Debate, v. 43, n. esp. 8, p. 360-362, dez. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042019S826.

SCHECHNER, Richard. Restauración de la conducta. In: TAYLOR, Diana; FUENTES, Marcela (ed.). Estudios avanzados de performance. México: Fondo de Cultura Económica; Instituto Hemisférico de Performance y Política, 2011. p. 31-41.

SEGATO, Rita. La crítica de la colonialidad en ocho ensayos: y una antropología por demanda. Buenos Aires: Prometeo, 2013.

SILVEIRA, Mônica; ALVES, Pedro. Polêmica em torno de escultura de 33 metros em forma de vulva surpreende artista: “Medo bem da potência da mulher”. G1, Pernambuco, 9 jan. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2021/01/09/polemica-em- torno-de-escultura-de-33-metros-em-formato-de-vulva-surpreende-artista-medo-vem- da-potencia-da-mulher.ghtml. Acesso em: 15 ago. 2023.

TAYLOR, Diana; FUENTES, Marcela (ed.). Estudios avanzados de performance. México: Fondo de Cultura Económica; Instituto Hemisférico de Performance y Política, 2011.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Tradução de Jerusa Pires e Suely Fenerich. São Paulo: Ubu, 2018.

Published

2025-09-13

Issue

Section

Articles - Open section

How to Cite

Oralitura and Escrevivência in the Performance of Black Women at the Brazilian Poetry Slam. PÓS: Journal of the Arts Postgraduation Program at EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 15, n. 34, p. 446–467, 2025. DOI: 10.35699/2238-2046.2025.52322. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52322. Acesso em: 24 dec. 2025.