Grafite enquanto memória cultural:
um arquivo público identitário a ser explorado
Resumo
A cidade é um grande arquivo imagético das memórias e identidades que ocupam e transformam esse espaço. Para além de um arquivo imutável e eterno, é um espaço de comunicação em constante mutação. Entretanto, sua potência em falar visualmente sobre sentimentos, percepções e acontecimentos sociais, econômicos e culturais está no fato de que, apesar de sua efemeridade, insere-se diretamente na vida cotidiana de seus espectadores. O grafite está diretamente relacionado a essa lógica. Ele é não apenas uma forma de expressão, mas também uma prática sociocultural que engaja seus produtores e seu público a pensar o espaço urbano de novas formas. Nesse sentido, esse trabalho propõe uma exploração do grafite enquanto fonte de conhecimento acerca dos sujeitos que o produzem e o observam, a partir do entendimento dos signos culturais que são mobilizados nessa expressão.
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