Saudade dos “anos dourados” e a alegoria da debacle nacional em Santiago (2007), de João Moreira Salles
Resumo
Este artigo discute a articulação de um discurso saudoso dos chamados “anos dourados”, a mítica década de 1950, com um diagnóstico de decadência contemporânea do Brasil no documentário Santiago (2007), do cineasta e produtor carioca João Moreira Salles. A partir de uma análise fílmica voltada para o percurso espacial traçado na rememoração das lembranças de infância e juventude do diretor nessa produção, abordada pela crítica cinematográfica sobretudo do ponto de vista de seus méritos estéticos e por sua autorreflexividade, esta reflexão focaliza a construção imagética no filme da antiga residência da família Moreira Salles no Rio de Janeiro, destacando a atribuição de um sentido alegórico totalizante para o seu cenário e a elaboração de um discurso ancorado na saudade de um passado áureo, tanto familiar quanto nacional.
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