"Aquela gente bárbara, inculta e ignorante da lei divina"

estruturas imperiais e linguagens de dominação na Irlanda medieval (séculos XII-XIII)

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Resumo

O presente artigo objetiva debater e apresentar as estruturas político-culturais de dominação imperial na Irlanda entre os séculos XII-XIII, estabelecidas a partir do processo de conquista da Ilha Esmeralda e sua anexação pelo Império Angevino no final do século XII, naquilo que se convencionou denominar de Senhorio da Irlanda (Dominium Hiberniae). Pretende-se aqui demonstrar o caráter imperialista da empreitada iniciada por Henrique II Plantageneta e suas subsequentes implicações, a partir do estabelecimento de instituições, práticas e de uma linguagem de colonização materializada em duas frentes: poder e civilidade. Em última instância, este trabalho busca ainda debater que os fundamentos do Senhorio da Irlanda e seu caráter eminentemente colonial estiveram inscritos aos próprios fundamentos materiais e concretos da categoria de imperium no medievo, a saber, aquilo que designava, alternativa e simultaneamente, uma autoridade e um território.

 

Biografia do Autor

  • Luan Morais, Independente

    Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), graduado em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e mestre em História e Culturas pela mesma instituição. Pesquisador no laboratório Núcleo Dimensões do Medievo - Translatio Studii (UFF) e no Grupo de Estudos sobre Britânia, Irlanda e Ilhas do Arquipélago Norte na Antiguidade e Medievo - Insulӕ. Integrante do GT de Estudos Arturianos - Arturus Insularum.

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Publicado

2024-10-16