A rua vai ao ateliê e vice-versa: arte como resistência em Claudio Tozzi
Palavras-chave:
Arte e autoritarismo, Apropriação, Claudio TozziResumo
O artista visual paulistano Claudio Tozzi desenvolveu no período 1964-1968 uma poética engajada, segundo a qual fabricou trabalhos comprometidos em problematizar a realidade política e social do Brasil. Deste modo, este artigo tem como principal objetivo analisar como esta tomada de posição de resistência por Tozzi frente aos problemas políticos, sociais e estéticos significava nas obras. Neste período, o artista inspirado em Marcel Duchamp e na Arte Pop desenvolveu uma operação de apropriação racional ou intencional de imagens e objetos, a qual descontextualizava os elementos apropriados a fim de subverter sua significação original, porém, guardando o vestígio da referência, em prol de um discurso formado pela relação desses itens no trabalho construído. Assim, a partir de uma análise dos trabalhos USA e abUSA (1966) e Nós somos os guardiões-mór da sagrada democracia nacional (1967), apresenta-se uma interpretação histórica do diálogo entre fenômenos artísticos e fenômenos políticos e sociais compreendido nestas obras.Downloads
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