Entre a audácia, a paixão e o prazer proibido: o homoerotismo em Bom-crioulo de Adolfo Caminha

Autores

  • Flávia Gangorra Paiva Graduada em Letras - UFPI
  • Juscelino Francisco do Nascimento Mestre em Letras - UFPI

Palavras-chave:

Naturalismo, Homossexualidade, Homoerotismo.

Resumo

Este artigo discute a representação do homoerotismo masculino e visa encontrar possíveis aspectos que condenam e inferiorizam a prática homoerótica. Posto isso, ressalta-se que a obra, analisada por meio de um estudo bibliográfico e com base em autores como Alberoni (1993), Barcellos (2006), Castello Branco (1984, 2004), Miguel-Pereira (1973) e Thomé (2009), foi duramente criticada e censurada por renomados críticos, tendo seu valor literário reduzido justamente por trazer à tona, em sua narrativa, o prazer homoerótico. Foi observado que o narrador apresenta um enredo que trata sutilmente o ato homossexual, porém, há controvérsias, visto que, ao mesmo tempo, essa ação é descrita como um comportamento vicioso e patológico. Dessa forma, foi analisado que a narrativa de Bom-Crioulo está impregnada de ideias conservadoras naturalistas, pois envolve ideologias intermediadas pelo discurso médico-científico, que tratava o prazer homossexual como uma prática desmoralizada e perversa.

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Publicado

2016-01-30