A Epistemologia de Ian Hacking: a dimensão experimental da ciência
Palavras-chave:
Ian Hacking, Epistemologia da Ciência, Dimensão Experimental da CiênciaResumo
A ciência na visão de Ian Hacking estrutura um tecido de sentenças para compartilhar e explicar a realidade – sentenças que têm significados e compõem o debate público. Nesse sentido, cientistas, educadores e educandos possivelmente devessem compor essa rede. Assumimos neste texto que a promoção de um processo educativo pautado na curiosidade crítica precisa oferecer aos educandos uma base fundamentada na ciência, e na História e Filosofia da Ciência. Discutir o processo histórico de evolução das ideias científicas é um caminho promissor, e embora se reconheça que fatores epistêmicos, científicos, políticos e sociais intervêm na ciência, se assume que o empreendimento científico encontra substrato na corroboração experimental de teorias, modelos e entidades teóricas, enquanto criações da mente humana. Assim, pensamos que é relevante trazer à reflexão algumas das s principais ideias da visão epistemológica de Ian Hacking, que enfoca a dimensão experimental da ciência. É o que passamos a explorar, com algum detalhamento.
Downloads
Referências
ABBE, Ernst. Conditions of Microstereoscopic Vision. London, UK: Williams & Norgate, 2.1: 680–689, 1881.
CARNAP, Rudolf. The Logical Structure of the World: pseudoproblems in Philosophy. Berkeley: University of California Press, 1967.
CARTWRIGHT, Nancy. How the laws of physics lie. Oxford University Press, 1983.
CARVALHO, Felipe Araújo. Natureza da ciência no Ensino Básico: perspectivas, desafios e limitações imbricados em uma rede de ações. Dissertação de Mestrado Acadêmico. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/164905
DUHEM, Pierre Maurice Marie. A Teoria Física: seu objeto e sua estrutura. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FEYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
GAGE, Simon Henry. The Microscope: an introduction to microscopic methods and to histology. 8th edition. New York: Comstock Publishing Co., 299 p., 1901.
GOMBRICH, Ernst. A História da Arte (pocket edition). Editora LTC, 2013.
HACKING, Ian. Do we see through a microscope? Pacific Philosophical Quarterly, vol. 62, n. 4, 1981.
HACKING, Ian. Por que a Linguagem Interessa à Filosofia? São Paulo; Editora Unesp, 1999.
HACKING, Ian. Historical ontology. Cambridge, Mass: University Press, 2004.
HACKING, Ian. Representar e Intervir: tópicos introdutórios de Filosofia da Ciência Natural. Rio de Janeiro: EdUFRJ, 2012.
HANSON, Norwood Russell. Patterns of Discovery: an Inquiry into the Conceptual Foundations of Science. First edition. Cambridge University Press, 1958.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 6ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
LAKATOS, Imre. La metodología de los programas de investigación científica. Madrid: Alianza, 1993.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Salvador/Bauru: Edufba/Edusc, 2012.
LAUDAN, Larry. El progreso y sus problemas. Madrid: Encuentro Ediciones, 1977.
MASSONI, Neusa Teresinha; MOREIRA, Marco Antonio. Epistemologia de Nancy Cartwright: uma contribuição ao debate sobre a natureza da ciência atual. Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 16, n. 3, 2014, p. 95-119.
MAXWELL, Grover. The ontological status of theoretical entities. Minnesota Studies in the Phylosophy of Science, n. 3, 1962, p. 3-27.
NICOLELIS, Miguel. O verdadeiro criador de tudo: como o cérebro humano esculpiu o universo como nós o conhecemos. São Paulo: Planeta, 2020.
PERUZZO, Léo; STROPARO, Amanda Luiza. O Fisicalismo de Smart e a Questão da redutibilidade da consciência à matéria. Diálogos, vol. 04, 2019, p. 31-52. https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.4.63
POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. 5ª ed. Brasília: Editora da UnB, 2008.
POPPER, Karl. A Lógica da Pesquisa Científica. 6ª ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2000.
REICHENBACH, Hans. Experience and Prediction. The University of Chicago Press, Chicago and London, 1970.
SIMONS, Massimiliano; VAGELLI, Matteo. Were experiments ever neglected? Ian Hacking and the history of philosophy of experiment. Philosophical Inquiries, vol. 9, n. 1. 2021. p. 167-188. DOI: 10.4454/philinq.v9i1.339
STAYLER, Elizabeth. Optical Methods in Biology. First edition. Wiley-Interscience, 1970.
VAGELLI, Matteo. Ian Hacking: the Philosopher of the Present, an Interview by Matteo Vagelli. Iride: Filosofia e Discussione Pubblica, v. 27, n. 72, 2014, p. 239-272. DOI: 10.1414/77453
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Neusa Teresinha Massoni, Marco Antonio Moreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O(A) autor(a), para fins de submissão à revista Temporalidades, deve declarar que o trabalho aqui submetido é de autoria do mesmo e nunca foi publicado em qualquer meio, seja ele impresso ou digital.
O(A) autor(a) também declara estar ciente das seguintes questões:
Os direitos autorais para artigos publicados na Temporalidades são do autor, com direitos de primeira publicação para o periódico;
Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito;
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público.
A Temporalidades adota a licença internacional Creative Commons 4.0 (CC BY).







