A Criação inteira geme em dores de parto: desenvolvimento e natureza nas cartas encíclicas e apostólicas papais (1967-2015)

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Resumo

O artigo trata das percepções acerca de desenvolvimento e natureza/meio ambiente presentes nas cartas encíclicas e apostólicas publicadas pelos papas da Igreja Católica desde 1967, quando a temática ambiental aparece pela primeira vez nessas publicações, até 2015, quando foi publicada a encíclica Laudato Si, a primeira inteiramente dedicada às questões ambientais. O objetivo é observar como discussões ambientais foram sendo inseridas nos documentos da Igreja e qual o espaço destinado a elas. Mais ainda, intentamos compreender como a concepção de desenvolvimento e natureza foram se alterando de uma noção estritamente antropocêntrica, seguindo a tradição judaico-cristã, até a proposta de uma ecologia integral feita pelo papa Francisco. Concluímos que, a partir de uma reinterpretação da narrativa cristã da Criação, a Igreja Católica tem se esforçado para substituir a visão de domínio absoluto sobre as coisas criadas por uma responsabilidade humana perante elas, cujas tarefas são cuidá-las e guardá-las.

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Biografia do Autor

Gabriel Schunk Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduando em História, modalidade licenciatura, da Universidade Federal de Minas Gerais. Participante do Grupo de Teoria e História da Ciência (Scientia), do Departamento de História da UFMG. Foi aluno bolsista de iniciação científica, orientado pela professora doutora Ana Carolina Vimieiro Gomes. Tem interesse em História das Ciências e História Ambiental.

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Publicado

2020-01-31