Entre Costas da África e a praça mercantil do Rio de Janeiro

os conflitos entre comércio e saúde na sociedade luso-brasileira oitocentista.

Autores

  • Wederson de Souza Gomes Universidade Federal de Ouro Preto

Resumo

O presente artigo pretende analisar os conflitos entre o físico-mor, Manoel Vieira da Silva e o Corpo do Comércio do Rio de Janeiro. Regulamentadas pelo alvará régio no ano de 1808, as atribuições de cirurgião-mor e físico-mor estavam ligadas ao exercício da medicina, fiscalização de boticas, alfândegas e lojas de droga tanto na porção colonial quanto na península. Também era concernente a esses agentes de saúde o controle da chegada de embarcações com escravizados africanos nos portos do Rio de Janeiro. A partir do ano de 1808 teve início uma série de conflitos entre o Físico-mor e os homens de negócio da praça mercantil fluminense. Isso porque parte das medidas de controle interferiam diretamente na tributação e comércio dos escravizados, os principais grossistas cariocas atuaram de forma a modificar legislações que reverberavam sobre seus negócios, o que conduziu a um embate com o provedor-mor. Assim, buscaremos expor o liame entre o trato mercantil e as atividades de saúde por compreender que elas explicitam aspectos sobre a economia mercantil colonial e as demais instituições régias.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

30-09-2020

Como Citar

WEDERSON DE SOUZA GOMES. Entre Costas da África e a praça mercantil do Rio de Janeiro: os conflitos entre comércio e saúde na sociedade luso-brasileira oitocentista. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 12, n. 2, p. 68–85, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/24085. Acesso em: 13 dez. 2025.