A desconstrução do escravizado e o baixo número de revoltas no Vale do Paraíba fluminense

Autores

  • Alan de Carvalho Souza Universidade de Lisboa

Resumo

Por que, os escravizados não produziram grandes revoltas no Vale do Paraíba fluminense, onde eram 70% da população nas décadas de 1830-1840? Para entendermos as razões, é necessário abordar a restrição de pessoas letradas imposta pelo governo central na colônia portuguesa, a política de intensificação do comércio humano a partir de meados do século XVIII e todo o processo que envolveu a principal e mais importante força de trabalho do império português. Em terras coloniais americanas, o africano renascia sob a condição de escravizado, e era guiado a desenvolver novo sentido de pertencimento após todo o processo de desconstrução da sua condição humana, sendo transformado, em seguida, na base da estrutura social sob a bênção da Igreja. Assim, por meio da redução da escala de observação, não só buscamos a possível razão para o baixo número de revoltas como, também, apresentamos o processo pelo qual o escravizado era submetido; a saber: sobrevivência; renascimento; desconstrução; construção (pertencimento) e analfabetismo.

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Publicado

2024-10-16