Cara y cruz: a Conferência Tricontinental sob os olhares do semanário Marcha

Autores

  • Lídia Maria de Abreu Generoso Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Palavras-chave:

Conferência Tricontinental, Revolução Cubana, semanário Marcha

Resumo

O presente artigo estuda a Conferência Tricontinental à partir da cobertura deste evento publicada no semanário uruguaio Marcha. Traçamos os ecos e recepções da Conferência, com especial atenção para as reações e polêmicas suscitadas entre as esquerdas uruguaias e latino-americanas. O semanário surge aqui como espaço privilegiado para este estudo em função do vasto e diverso perfil de seus colaboradores. Entre reportagens, artigos, encuestas, editoriais e cartas dos leitores, a Conferência de Havana suscitou debates acalorados acerca das possibilidades da revolução em África, Ásia, e mais especialmente nesse caso, América Latina. O semanário não se furtou à publicação de seus críticos, que apontaram suas limitações, contradições e ausências; tampouco às de seus defensores que, avidamente, ressaltaram seus sucessos e sua importância material e simbólica. A cobertura acerca da Conferência colocou em questão, ainda, as solidariedades, desavenças e fidelidades entre múltiplos setores das esquerdas e a Revolução Cubana, deixando claro o papel central que a ilha assume nos debates sobre revolução e anti-imperialismo ao longo dos sessenta/setenta.  

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Biografia do Autor

Lídia Maria de Abreu Generoso, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Mestranda no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

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Publicado

2017-09-30