(IM) POSSIBILIDADES DE REGULAÇÃO NO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DO CENTRO DE MATERIAL ESTERILIZADO (CME)
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-037X.2019.12299Palabras clave:
Estratégias de Regulação, Centro de material esterilizado, Saberes e valoresResumen
Partindo de uma análise aprofundada sobre a atual situação das relações de trabalho e suas consequências para os atores envolvidos, o presente artigo, por meio da ergonomia e da ergologia, buscou dar visibilidade ao trabalho desenvolvido em um Centro de Materiais Esterilizados (CME), situado em um hospital, e as estratégias ali construídas e necessárias para a gestão do trabalho. Buscou-se demonstrar as diversas atividades inerentes à prática do trabalho, bem como as variabilidades presentes nesse contexto, bem como as diversas estratégias de regulação no trabalho ao almejar dois objetivos principais: 1) manutenção da própria saúde e, 2) eficiência na realização do trabalho. Foi evidenciado que há insuficiência de materiais e equipamentos e que isso impacta diretamente no cotidiano da assistência, na carga de trabalho dos trabalhadores do setor e de outros setores em interface com o CME. Porém, pode-se demonstrar também, que estratégias foram construídas e compartilhada, moduladas pela competência individual/coletiva analisada e que se mostrou de fundamental importância para a gestão da produtividade e dos riscos no contexto analisado.
Descargas
Citas
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010.
DANIELLOU, F., LAVILLE, A. & TEIGER, C. (1989). Ficção e realidade do trabalho operário. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 17(68), 7-13.
DURAFFOURG, J.; DUC, M.; DURRIVE, L. O trabalho e o ponto de vista da atividade. In: SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. 2. ed. Niterói: EdUFF, 2010. 47-87 p.
DURRIVE, L.; SCHWARTZ, Y. Revisões temáticas: glossário da Ergologia. Laboreal, v. 4, n. 1, p. 23-28, 2008.
ECHTERNACHT, E. Atividade humana e gestão da saúde no trabalho: elementos para reflexão a partir da abordagem ergológica. Laboreal, v.4, n.1, p. 46-55, 2008.
FAJARDO ORTIZ, G. Teoría y práctica de la administracion de la atencion medica y de hospitales. México: La Prensa Médica Mexicana, 1972.
HENNINGTON, E.A. (2011). Entre o criativo e o precário: reflexões sobre constrangimentos e possibilidades do trabalhador da saúde em tempos líquidos. In: C.M. Gomez, J.M.H Machado & P.G.L. Pena, Saúde do Trabalhador na Sociedade Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: Fiocruz.
LIMA, S. M. L.; BARBOSA, P. R. Planejamento e inovação gerencial em um hospital público: o caso do Hospital Municipal Salgado Filho (SMS/RJ). Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 35, n.3, p. 37-76, maio/jun. 2001.
MENDES, Davidson Passos et al. Do prescrito ao real: a gestão individual e coletiva dos trabalhadores de enfermagem frente ao risco de acidente de trabalho. Gest. Prod. [online]. 2012, vol.19, n.4, pp. 885-892. ISSN 0104-530X.
MENDES, Davidson Passos et al. O agir competente como estratégia de gestão do risco de violência no trabalho: o ponto de vista da atividade humana de trabalho dos técnicos de enfermagem de uma instituição pública psiquiátrica. p.15-21, 2014.
MENDES, D. P.; CUNHA, D.M. . A gestão coletiva do risco de violência e da assistência em uma unidade hospitalar de emergência psiquiátrica: os ingredientes da competência em crônicas da atividade. Ergologia, v. 17, p. 23-52, 2017.
OIT: Organización Internacional Del Trabajo. In: Conferencia internacional del trabajo. El Trabajo Nocturno. Ginebra: OIT , 1990.
SCHERER, Magda Duarte dos Anjos et al. Aumento das cargas de trabalho em técnicos de enfermagem na atenção primária à saúde no Brasil. Trab. educ. saúde, Rio de Janeiro , v. 14, supl. 1, p. 89-104, nov. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000400089&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 23 março 2018.
SCHWARTZ, Y. A comunidade científica ampliada e o regime de produção de saberes. Revista Trabalho e Educação, jul-dez, n.7, p. 38-46, 2000.
SCHWARTZ, Y. Circulações, dramáticas, eficácias da atividade industriosa. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 2 (1): 33-55, 2004.
SCHWARTZ, Y., & Durrive, L. (Orgs.) (2010). Trabalho e ergologia: conversas sobre a atividade humana (2a ed). Niterói: Editora da UFF.
SCHWARTZ, Y. A dimensão coletiva do trabalho e as Entidades Coletivas Relativamente Pertinentes (ECRP). In: SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. 2. ed. Niterói: EdUFF, 2010a. 147-164 p.
SCHWARTZ, Y.; DUC, M.; DURRIVE, L. A linguagem em trabalho. In: SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. 2. ed. Niterói: EdUFF, 2010b. 131-148 p.
SCHWARTZ, Y. Reflexão em torno de um exemplo de trabalho operário. In: SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. 2. ed. Niterói: EdUFF, 2010d. 37-46 p.
SCHWARTZ, Y. (2011). Manifesto por um ergoengajamento. In: P. Bendassolli, L. Sobbol (Orgs.). Clínicas do trabalho (pp. 132-166). São Paulo: Editora Atlas.
SILVA, Silmar Maria et al. Temáticas investigadas pelo Grupo de Estudos sobre a Saúde do Trabalhador de Enfermagem e Saúde [Research topics of the Study Group on Occupatonal Health of Nursing and Health Personnel]. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 24, n. 5, p. e22974, out. 2016. ISSN 0104-3552. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/22974/20184. Acesso em: 04 jun. 2018.
SILVA, A.C; AGUIAR, B.G.C. O enfermeiro na central de material e esterilização: uma visão das unidades consumidoras. Rev Enferm UERJ. 2008 Jul-Set; 16(3):377-81.
TAUBE, S.A.M.; ZAGONEL, I.P.S.; MEIER. M.J. Um marco conceitual ao trabalho da enfermagem na central de material e esterilização. Rev Cogitare Enferm. 2005 Mai-Ago;10(2):76-83.
TELLES, A. L.; ALVAREZ, D. Interfaces ergonomia-ergologia: uma discussão sobre trabalho prescrito e normas antecedentes. In: FIGUEIREDO, M. et al. (Org.). Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 63-90 p.
TRINQUET, P. (2010). Trabalho e Educação. Revista HISTEDBR On-line, número especial, 93-113.
VIEIRA-JÚNIOR, P. R.; SANTOS, E. H. A gênese da perspectiva ergológica: cenário de construção e conceitos derivados. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 21, n. 1, p. 83-100, jan./abr.2012.
WINNICOTT, D, W. Tudo Começa em Casa. São Paulo: Martins Fontes, 2011.