Fissuras lábio-palatinas

estudo sobre a população assistida por um serviço de referência no Estado de Minas Gerais

Autores

  • Amanda Beatriz de Freitas Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carlos Antônio de Carvalho Universidade Federal de Alfenas
  • Daniella Reis Barbosa Martelli Universidade Estadual de Montes Claros
  • Letizia Monteiro de Barros Universidade Federal de Alfenas
  • Paulo Rogério Ferreti Bonan Universidade Estadual de Montes Claros
  • Hercílio Martelli-Júnior Universidade Estadual de Montes Claros

Palavras-chave:

Sistema Único de Saúde, Fissura labial, Fissura palatina

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes dimensões relacionadas à assistência a crianças (0 a 12 anos) com fissuras lábio-palatinas (FL/P) no “Centrinho” que constitui um serviço de referência em alta complexidade para indivíduos com deformidades craniofaciais, em Minas Gerais, Brasil. Realizou-se um estudo transversal com instrumento (questionário) individual. Os questionários foram aplicados sempre pelos mesmos examinadores, às mães ou responsável, após o atendimento clínico. A população estudada foi composta por 60 crianças com FL/P, não sindrômicas, diagnosticadas e em tratamento no serviço, independente da cor da pele, naturalidade ou nacionalidade. Os resultados mostraram que 63,3% dos pacientes foram do gênero masculino e 36,7% do feminino, leucodermas (78,3%), com idade variando entre 1 mês e 10 anos. Quanto ao tipo de fissura, houve predomínio de fissuras lábio-palatinas (56,6%), seguidas das fissuras labiais (26,6%). Com relação à identificação e encaminhamento dos pacientes ao “Centrinho”, 56,7% destes foram realizados por médicos e 50% foram direcionados ao serviço até seis meses de vida. Os resultados apresentados forneceram informações da assistência a pacientes em um serviço de alta complexidade e referência para o Ministério da Saúde. Estudos futuros poderão complementar análises para se compreender melhor uma importante população no contexto do sistema público de saúde brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Kot M, Jeromini JK. Analysis of family incidence of cleft lip and/or palate. Med Sci Monit. 2007;13:231-4.

Slayton RL, Willians L, Murray JC, Wheeler JJ, Lidral AC, Nishimura CJ. Genetic association studies of cleft lip and/or palate with hypodontia outside the cleft region. Cleft Palate Craniofacial J. 2003;40:274-9.

Vieira AR. Unraveling human cleft lip and palate research. J Dent Res. 2008;87:119-25.

Martelli-Júnior H, Orsi-Júnior J, Chaves MR, Barros LM, Bonan PRF, Freitas JAS. Estudo epidemiológico das fissuras labiais e palatais em Alfenas, Minas Gerais, de 1986 a 1998. Rev Fac Odontol Univ São Paulo. 2006;13:31-5.

Fogh-Andersen P. Inherance of harelip and cleft palate: contribution to the elucidation of the etiology of the congenital clefts of the face. [Dissertação]. Copenhagen: Busck; 1942.

Schliekelman P, Slatkin M. Multiplex relative risk and estimationofthenumberoflociunderlyingandinherited disease. Am J Hum Genet. 2002;71:1369-85.

Araújo MAL, Leitão GCM. Acesso à consulta a portadores de doenças sexualmente transmissíveis: experiências de homens em uma unidade de saúde de Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad Saúde Pública. 2005;21:396-403.

Andrade LOM. SUS passo a passo: normas, gestão e financiamento. São Paulo: Hucitec; 2001.

Monlleó IL, Gil-da-Silva-Lopes VL. Anomalias craniofaciais: descrição e avaliação das características gerais da atenção no Sistema Único de Saúde. Cad Saúde Pública. 2006;22:913-22.

Spina V, Psillakis JM, Lapa FS, Ferreira MC. Classificação das fissuras lábio-palatinas. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo. 1972;27:5-6.

DerijckeA, Eerens A, Carels C. The birth prevalence of oral clefts: a review. Br J Oral Maxillofacial Surg. 1996;34:488-94.

VanderasAP. Birth prevalence of cleft lip, cleft palate and cleft lip and palate among races: a review. Cleft Palate J. 1987;24:147-53.

Wantia N, Rettinger G. The current understanding of cleft lip malformations. Facial Plast Surg. 2002;18:147-53.

Martelli-Junior H, Porto LCVP, Barbosa DR, Bonan PRF, Freitas AB, Coletta RD. Prevalence of nonsyndromic oral clefts in a reference hospital in Minas Gerais state, between 2000-2005. Braz Oral Res. 2007;21:314-7.

Cooper ME, Stone RA, Liu YE, Hu DN, Melnick M, Marazita ML. Descriptive epidemiology of nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in Shanghai, China, from 1980 to 1989. Cleft Palate Craniofacial J. 2000;37:274-80.

Natsume N, Suzuki T, Kawai T. The prevalence of cleft lip and palate in the Japanese. Br J Oral Maxillofacial Surg. 1988;26:232-6.

Murray JC, Daack-Hisch S, Buetow KH, Munger R, Espina L, Paglinawan N, Magee W. Clinical and epidemiologic studies of cleft lip and palate in the Philippines. Cleft Palate Craniofacial J. 1997;34:7-11.

Word Health Organization. Services for the prevention and management of genetic disorders and birth defects in developing countries. Hague: Word Health Organization; 1999.

Word Health Organization. Global strategies to reduce the health-care burden of craniofacial anomalies. Geneva: Word Health Organization; 2002.

Gallagher PD, Gealer M, Birnbaum W. Resource implications for oral care of patients with HIV. Oral Dis. 1998;4:22-5.

Shiboski CH, Palacio H, Neuhaus JM, Greenblatt RM. Dental care access and use among HIV-infected women. Am J Public Health. 1999;89:818-9.

Robinson P, Zakrzewska JM, Maini M, Williamson D, Croucher R. Dental visiting behaviour and experiences of men with HIV. Br Dent J. 1993;176:175-9.

Hastreiter RJ, Jiang P. Do regular dental visits affect the oral health care provided to people with HIV? J Am Dent Assoc. 2002;133:1343-50.

Pinheiro RS, Viacava F, Travassos C, Brito AS. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2002;7:687-707.

Queiroz MAL, O’Reilly K, Gerbase A, Araújo MAL, Rondinelli I, Andrade FO. Intervenções prioritárias para o controle das infecções do trato reprodutivo (ITR) no Ceará. Fórum e Conferência de Cooperação técnica Horizontal da América Latina e do Caribe em HIV/Aids; 2000; Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 2000.

Parker KA, Koumans EH, Hawkins RV, Massanga M, Somse P, Barker K. Provinding low-cost sexually transmitted disease services in two semi-urban health centers in central African Republic (CAR): characteristics of patients and patterns of health care- seking behavior. Sex Transm Dis. 1999;26:508-16.

Paranaíba LMR, Almeida H, Barros LM, Martelli DRB, Orsi-Júnior JD, Martelli-Júnior H. Reabilitação cirúrgica de fissuras lábio-palatinas, no estado de Minas Gerais, Brasil. Rev Bras Otorrinol. 2009;in press.

Downloads

Publicado

2016-04-04

Como Citar

Freitas, A. B. de, Carvalho, C. A. de, Martelli, D. R. B., Barros, L. M. de, Bonan, P. R. F., & Martelli-Júnior, H. (2016). Fissuras lábio-palatinas: estudo sobre a população assistida por um serviço de referência no Estado de Minas Gerais. Arquivos Em Odontologia, 45(2). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/arquivosemodontologia/article/view/3503

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>