Influência do pH de bebidas isotônicas sobre a microdureza de resinas compostas

Autores

  • Emanuene Galdino Pires Universidade Federal da Paraíba Autor
  • Francineide Guimarães Carneiro Universidade Estadual da Paraíba Autor
  • João Baptista da Costa Agra de Melo Universidade Federal de Campina Grande Autor
  • Alysson Filgueira Milanez Universidade Federal de Campina Grande Autor
  • Ayonara Dayane Leal Mendes Universidade Estadual da Paraíba Autor
  • Paulo Rogério Ferreti Bonan Universidade Federal da Paraíba Autor

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2015.51.3.01

Palavras-chave:

pH, Testes de dureza, Resinas compostas, Bebidas energéticas

Resumo

Objetivo: Este estudo experimental in vitro teve como objetivo a análise da influência do pH de bebidas isotônicas sobre a microdureza de resinas compostas.

Material e Métodos: A avaliação do pH endógeno foi realizada através de leitura com o pH - metro Tecnal pH Meter TEC-2®. Para a avaliação da microdureza, foram confeccionados corpos de prova, com dois tipos de resina diferentes. Para cada tipo de resina foram confeccionados 7 corpos de prova, distribuídos de acordo com a solução de armazenamento (bebidas isotônicas das marcas Gatorade® e Powerade®, nos sabores limão, tangerina e laranja e água destilada- controle). A análise da microdureza dos corpos de prova foi realizada após um ciclo de imersão de 21 dias, por 1 hora diária, seguindo às 23 horas restantes em repouso na água destilada. Foi utilizado o microdurômetro (MicrohardnessTester Fm-700; Futuretech, Tokyo, Japan) com penetrador diamantado piramidal tipo Vickers aplicando-se uma carga de 50g de 30 segundos. Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva e utilizou-se os testes ANOVA e t pareado, com p < 0,05.

Resultados: Todas as bebidas analisadas apresentaram pH inferior ao considerado crítico para a dissolução do esmalte dental (5,5), sendo o Powerade Limão a bebida com menor pH (2,98). Observou-se que os corpos de prova que ficaram imersos nas bebidas isotônicas, obtiveram valores de microdureza estatísticamente menores quando comparados ao grupo controle.

Conclusão: Todas as bebidas avaliadas apresentaram pH ácido e alteraram a microdureza das resinas compostas estudadas.

Referências

Seifert SM, Schaechter JL, Hershorin ER, Lipshultz SE. Health effects of energy drinks on children, adolescents, and young adults. Pediatrics. 2011;127 (3):511-28.

Petrus RR, Faria JAF. Processamento e avaliação de estabilidade de bebida isotônica em garrafa plástica. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2005;25(3): 518-24.

Pantano, M. Consumo de bebidas energéticas aumenta os casos de erosão dentária. APCD Jornal. 2010; 44(641):31.

Pace F, Pallotta S, Tonini M, Vakil N, Bianchi Porro G. Systematic review: gastro-oesophageal reflux disease and dental lesions. Aliment Pharmacol Ther. 2008;27 (12):1179–186.

Yap AUJ, Tan SHL, Wee SSC, Lee CW, Lim ELC, Zeng KY. Chemical degradation of composite restoratives. J Oral Rehab. 2001; 28(10):15-21.

O’Brien WJ. Dental materials and their selection. 3rd ed. Chicago: Quintessence; 2002.

Yanikoglu N, Duymus ZY, Yilmaz B. Effects of different solutions on the surface hardness of composite resin materials. Dent Mater J. 2009; 28(3):344–35.

Moroz LT, Alves BL, Luciano MP, Gibson LK, Pereira S. Influência de substâncias com pH ácido sobre a microdureza de resinas compostas. Stomatos. 2010; 16(30):21-32.

Mallmann A, Barros GS, Cavalcanti AN, Marchi GM, Jacques LB, Mathias P. Influência de colutórios bucais na dureza de resinas compostas. RFO. 2009; 14 (1):32-6.

Santos JL, Cassaro SE, Santos JR, Scalco VF, Barbosa KC, Lauris JRP, et.al. Influência de diferentes soluções químicas na microdureza de resinas compostas. UNOPAR Científica Ciências Biológicas e da Saúde. 2014; 7(1):49-54.

Souza NCS, Pozzobon RT, Susin AH, Jaeger F. Avaliação da rugosidade superficial de uma resina composta. RGO. 2005; 53(1):71-4.

Xavier AFC, Cavalcanti AL, Montenegro RV, Melo JBCA. Avaliação in vitro da microdureza do esmalte dentário após exposição a bebidas isotônicas. Pesqui Bras Odontopediatria Clín

Integr. 2010; 10(2):145-50.

Zandim DL, Gilio C, Rossa Júnior C, Sampaio JEC. Influence of isotonic drinks in removing the smear layer from root surfaces after scaling: An in vitro study. Rev Odontol UNESP. 2008; 37(3):267-73.

Guerra I. Importância da alimentação e da hidratação do atleta. R. Min. Educ. Fís. 2004; 12(2):159-73.

Lima HMR, Lima LR, Galvão FFDSP. Consumo infantil de bebidas lácteas: sólidos solúveis totais (Brix) e pH. Odontol. Clin. Cient. (Online). 2011; 10(3):237-41.

Larsen MJ, Bruun C. Esmalte-saliva – reações químicas inorgânicas. In: Thylstrup A, Fejerkov

O. Tratado de cariologia. 2nd ed. RJ, 1998. p. 169-93.

Cavalcanti AL, Xavier AFC, Souto RQ, Oliverira MC, Santos JA, Vieira FF. Avaliação in vitro do potencial erosivo de bebidas isotônicas. Rev Bras Med Esporte. 2010; 16(6):455-8.

Bagheri R, Burrow MF, Tyas MJ. Surface characteristics of aesthetic restorative materials: an SEM study. J Oral Rehabil. 2007; 34(1):68-76.

Erdemir U, Yildiz E, Eren MM, Ozel S. Surface hardness of different restorative materials after long-term immersion in sports and energy drinks. Dental Materials Journal. 2012; 31(5):729–36.

Ozgunaltay G, Yazici AR, Gorucu J. Effect of finishing and polishing procedures on the surface roughness of new tooth-coloured restoratives. J Oral Rehab. 2003; 30(2):218-44.

Lopes LG, Cefaly DFG, Franco EB, Mondelli RF, Lauris JR, Navarro MF. Clinical evaluation of two “packable” posterior composite resins: two- year results. Clin Oral Inv. 2003; 7(3):129-34.

Downloads

Publicado

2016-06-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Influência do pH de bebidas isotônicas sobre a microdureza de resinas compostas. (2016). Arquivos Em Odontologia, 51(3). https://doi.org/10.7308/aodontol/2015.51.3.01

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)