Caracterização dos impactos ambientais da mineração na bacia hidrográfica do rio São Lamberto, Montes Claros/MG
Keywords:
Degradação ambiental. Exploração mineral. Nascente.Abstract
A ocupação desordenada da paisagem gera inúmeros problemas de degradação ambiental. A atividade mineraria predatória sem plano de lavra, acarreta impactos ambientais nas bacias hidrográficas. O presente estudo servirá para a divulgação de informações, bem como para a proposição e o desenvolvimento de ações de controle ambiental. Desta forma, o objetivo deste trabalho é identificar as áreas de exploração mineral e caracterizar os impactos ambientais provenientes destas atividades. No período de agosto 2007 a julho de 2008, foi realizado o Diagnóstico Ambiental Participativo, o Ckeclist dos impactos e o Mapeamento de Riscos Ambientais. Foram identificados 18 (69.23%) pontos de extração de cascalho; quatro (15.38%) pontos de extração de areia; três (13.33%) pontos de extração de argila e uma (3.84%) área de extração de quartzo. Constituindo um total de 26 áreas contendo impactos provenientes da atividade minerária. Os impactos mais notáveis foram àqueles relacionados à perda da cobertura vegetal, processos de erosão do solo, assoreamento de cursos d’água e desconfiguração da paisagem. Oferecendo situações de risco relacionadas ao solo, à água e à vegetação. A exploração mineral sem planejamento de lavra provocou significativas alterações na paisagem natural e gerou impactos ambientais de proporções variadas. Faz-se necessário a continuidade de uma gestão integrada e participativa envolvendo os órgãos ambientais, a comunidade local e a sociedade. O conhecimento sobre as aptidões dos solos, a exploração planejada e ações de mitigação dos impactos, são importantes ferramentas para uma ocupação racional do espaço, respeitando as limitações ambientais existentes na bacia hidrográfica do rio São Lamberto.
References
ARAÚJO, Q. R. de et al. Determinação do Risco de Erosão com Utilização de um Sistema de Informações Geográficas. Revista Ceres, v.42, n.243, p. 543-561, 1995.
CARPI JÚNIOR, S.; PEREZ, F. A. Participação popular no mapeamento de riscos ambientais em bacias hidrográficas. In: X SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA, nº especial do ano de 2003, Rio de janeiro. Anais... Rio de Janeiro, UERJ, 2003.
CARPI JÚNIOR, S.; PEREZ, F. A. Riscos ambientais na Bacia do Rio Mogi-Guaçu: proposta metodológica. Geografia, v.30, n.2, p.347-363, 2005.
CARPI JÚNIOR et al. Levantamento de riscos ambientais na bacia do ribeirão das Anhumas. In: TORRES, Roseli; COSTA, Maria Conceição; NOGUEIRA, Francisco; PEREZ FILHO, Archimedes. (Coord.) "Recuperação ambiental, participação e poder público: uma experiência em Campinas" (FAPESP 01/02952-1). Relatório de atividades da segunda etapa do Projeto de Políticas Públicas. Campinas, 2005. 122 p. (p. 105-118). Disponível em: http://www.iac.sp.gov.br/projetoanhumas/pdf/riscos_ambientais_bacia_ribeirao_anhumas.pdf. Acesso em: 07 de março de 2017.
COSTA, F. G et al. Projeto Hidrogeologia do Norte de Minas e Sul da Bahia. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM. Diretoria de Pesquisa. SUREG-BH. 1975.
CREMONEZ, F.E. et al. Avaliação de impacto ambiental: metodologias aplicadas no Brasil Revista Monografias Ambientais – REMOA, v.13, n.5, p.3821-3830, 2014.
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Avaliação e Perícia Ambiental. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1999. 261 p
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2006,306p.
GESCOM. Diagnóstico Ambiental das Bacias dos Rios São Lamberto e Guavinipã. Programa de Gestão de Conflitos Relacionados à Mineração - Pólo Montes Claros. 2008. 101p.
LEITE, M. R. Geotecnologias Aplicadas no mapeamento do uso do solo da terra no município de Montes Claros/MG. 2009. 75f. Monografia (Graduação em Geografia). Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Montes Claros, 2009.
MECHI, A.; SANCHES, D.L. Impactos ambientais da mineração no estado de São Paulo. Revista Estudos Avançados, v.24, n. 68, p.209-220, 2010.
NUNES, Y.R.F. et al. Atividades fenológicas de Guazuma ulmifolia Lam. (Malvaceae) em uma Floresta Estacional Decidual no norte de Minas Gerais. Lundiana, v.6, n.2, p.99-105, 2005.
OLIVEIRA JÚNIOR, Sargento D. P. de. Relatório de Denúncia Atendida: Extração de Areia Sóbrita. Décima Primeira Companhia de Polícia Militar de Minas Gerais. Comando de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário. Montes Claros, 2009. 8p.
PELIZZOLI, M. L. A emergência do paradigma ecológico: Reflexões éticofilosóficas para o séc. XXI. 2. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.1999.160 p.
PEREIRA, N. L. Estudos da erosão acelerada e de práticas conservacionistas: relatório técnico final. Programa de Desenvolvimento Rural Integrado da Região do Jequitaí/Verde Grande. Belo Horizonte: CETEC, 1984.
RIBEIRO, J.F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. ed. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. p. 89-152.
SILVA, B. A. W.; AZEVEDO, M. M.; MATOS, J. S. Gestão Ambiental de Bacias Hidrográficas Urbanas. Revista VeraCidade, n. 5, 2006.
SILVA, J. P. S. Impactos ambientais causados por mineração. Revista Espaço da Sophia, n.8, Novembro, 2007.
SOARES, A. G. et al. Caracterização Hidrogeológica da Microrregião de Montes Claros. Projeto São Francisco. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, CPRM/COMIG/SEME. 2002. 97p.
SOUZA JÚNIOR, Sargento D.G. et al. Relatório Fotográfico das Areeiras Localizadas na Fazenda Serra Velha, Municípios de Montes Claros e Bocaiúva. Décima Primeira Companhia de Polícia Militar de Minas Gerais. Comando de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário. Montes Claros, 2009. 23p.
STEINER, F.A.; VASCONCELOS, V.V. Delimitação e proteção das áreas de preservação permanente de chapadas: Estudo de caso da mineração de areia em encosta no Norte de Minas Gerais. Caminhos de Geografia, v.12, n.40, p. 189-204, 2011.
VIEIRA, G. REZENDE, E. N. Mineração de areia e meio ambiente: é possível harmonizar? Revista do Direito Público, v.10, n.3, p.181-212, 2015.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
The Copyright for articles published in this journal follow authorship. The articles are open access, with their own attributions, in educational and non-commercial applications.
The journal reserves the right to make regulatory, orthographic and grammatical changes in the originals, with the aim of maintaining the standard language and the credibility of the vehicle. It will respect, however, the writing style of the authors.
Changes, corrections or suggestions of conceptual order will be forwarded to the authors, when necessary. In such cases, the articles, once appropriate, should be submitted for further consideration.
The opinions issued by the authors of the articles are their sole responsibility.