Métodos de propagação e fatores que interferem na germinação das principais gramíneas nativas de Cerrado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.15845

Palavras-chave:

Conservação do Cerrado, Poaceae, Superação de dormência, Propagação de gramíneas

Resumo

A propagação via sementes ou vegetativa e a sobrevivência de gramíneas nativas de Cerrado são as etapas mais críticas em um processo de revitalização de áreas degradadas que depende inicialmente da reintrodução dessas espécies no ambiente a ser restaurado e também visando o uso comercial dessas espécies devido à boa palatabilidade e resistência a intempéries ambientais como ausência de chuvas e resistência a praga e doenças de algumas espécies. A falta de estudos sobre a germinação de gramíneas nativas do Cerrado tem sido apontada como importante obstáculo à propagação dessas espécies dificultando a restauração da vegetação nativa do Cerrado. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sobre as principais gramíneas nativas de cerrado, as formas de propagação utilizadas e fatores que influenciam na sua propagação. O presente estudo seguiu a metodologia de revisão sistemática, a identificação dos artigos foi realizada na base de dados PUBMED www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/. Devido a rápida devastação do bioma Cerrado com o possível risco de extinção de várias espécies de gramíneas nativas se faz necessário a conservação do germoplasma dessas plantas nativas, além disso, são necessários mais estudos para se avaliar a germinação de gramíneas nativas de cerrado sob diferentes condições abióticas que podem influenciar no desenvolvimento dessas espécies em condições naturais ou próximas, conseguindo assim conhecimento sobre padrões de ocorrência e distribuição das populações, gerando dados essenciais para o entendimento da propagação das espécies e auxiliando principalmente a definir estratégias para a recuperação de áreas degradadas do bioma Cerrado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbosa, E. G.; Pivello, V. R.; Rissi, M. N.; Fidelis, A. 2016. A importância da consideração de espécies invasoras no manejo integrado do fogo. Biodiversidade Brasileira, 6(2): 27–40+. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR/article/view/522.

Carmona, R.; Martins, C.R.; Fávero, A.P. 2015. Fatores que afetam a germinação de sementes de gramíneas nativas do cerrado. Revista Brasileira de Sementes, 20(1): 16–22. Doi.org/10.17801/0101-3122/rbs.v20n1p16-22.

Carmona, R.; Martins, C. R.; Fávero, A.P. 1999. Fatores que afetam a germinação de sementes de gramíneas nativas do cerrado. Revista Brasileira de Sementes, 20(1): 16–22, 2015. Doi: 10.17801/0101-3122/rbs.v20n1p16-22.

Carvalho, F. M. V.; De Marco, P.; Ferreira, L. G. 2009. The Cerrado Into-Pieces: Habitat Fragmentation as a Function of Landscape Use in the Savannas of Central Brazil. Biological Conservation 142(7): 1392–1403. Doi.org/10.1016/j.biocon.2009.01.031.

Carvalho, M. P.; Santana, D. G.; Ranal, N. A. 2005. Emergência de plântulas de Anacardium humile A. St.-Hil. (Anacardiaceae) avaliada por meio de amostras pequenas. Revista Brasileira de Botânica 28(3):627-633. Doi.org/10.1590/S0100-84042005000300018.

Cava, M. G. B. C.; Isernhagen, I., Mendonça, A. H.; Durigan, G. 2016. Comparação de Técnicas Para Restauração Da Vegetação Lenhosa De. Hoehnea 43(2): 301–15. Doi.org/10.1590/2236-8906-18/2016.

Chaves, I. S.; Alvarenga, A.A.; Dousseau, S.; Soares, G.C.M.. Souza, E.S. 2011. Germination of Miconia Ligustroides (Melastomataceae) Diaspores Submitted to Different Treatments for Dormancy Overcoming. Revista Brasileira de Botânica 34(3): 335–41. Doi.org/10.1590/s0100-84042011000300008.

Dias, P. C.; Oliveira L.S.; Wendling, I. 2013. Estaquia e miniestaquia de espécies florestais lenhosas do Brasil. Pesquisa Florestal Brasileira, 32(72): 453–462. Doi: 10.4336/2012.pfb.32.72.453.

Fagundes, M.; Camargos, M.G.; Da Costa, F.V. 2011. Soil Quality Affects Seed Germination and Seedling Development of Dimorphandra Mollis: Benth. (Leguminosae: Mimosoideae). Acta Botanica Brasilica 25(4): 908–15. Doi.org/10.1590/S0102-33062011000400018.

Filgueira, T.S. Gramíneas forrageiras nativas no Distrito Federal. 1992. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 27: 1103-111. Disponível em: https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/3747.

Fidelis, A., S. C. Müller, V. D. P. Pillar, J. P. 2007. Efeito de altas temperaturas na germinação de espécies dos Campos Sulinos. Revista Brasileira de Biociências, 5(2): 354-357. Disponível em: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/324/283.

Figueiredo, M. A.; Baêta, H. E.; Kozovits, A.R. 2012. Germination of Native Grasses with Potential Application in the Recovery of Degraded Areas in Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Biota Neotropica, 12(3): 118–23. Doi.org/10.1590/s1676-06032012000300013.

Foster, B. L.; Cheryl, A. M.; Kane R. K.; Todd, A. As.; Erin, J. Q.; Kindscher, K.. 2007. Restoration of Prairie Community Structure and Ecosystem Function in an Abandoned Hayfield: A Sowing Experiment. Restoration Ecology 15(4): 652–61. Doi.org/10.1111/j.1526-100X.2007.00277.x.

Hodkinson, Trevor R. 2018. Evolution and Taxonomy of the Grasses (Poaceae): A Model Family for the Study of Species-Rich Groups. Annual Plant Reviews, 1. Doi.org/10.1002/9781119312994.apr0622.

Jacobi, C. M.; Flávio F.C.; Vincent, R.C. 2008. Estudo Fitossociológico de Uma Comunidade Vegetal Sobre Canga Como Subsídio Para a Reabilitação de Áreas Mineradas No Quadrilátero Ferrífero, MG. Revista Árvore 32(2): 345–53. Doi.org/10.1590/s0100-67622008000200017

Klink, C. A. 1996. Germination and Seedling Estabilshment of Two Native and One Invading African Grass Species in the Brazilian Cerrado. Journal of Tropical Ecology, 12(1): 139–47. Doi.org/10.1017/S0266467400009354.

Keith, A. D. A.. 1997. International Association for Ecology Combined Effects of Heat Shock , Smoke and Darkness on Germination of Epacris stuartii Stapf. Oecologia 112 (3): 340–44.

Kettenhuber, P. W.; Sousa, R.; Sutili, F.. 2019. Vegetative Propagation of Brazilian Native Species for Restoration of Degraded Areas. Floresta e Ambiente 26(2). Doi.org/10.1590/2179-8087.095617.

Kolb, R. M.; Pilon, N.A.L.; Durigan, G. 2016. Factors Influencing Seed Germination in Cerrado Grasses. Acta Botanica Brasilica 30(1): 87–92. Doi.org/10.1590/0102-33062015abb0199.

Lamont, B.B. 1993. Post-Fire Litter Microsites : Safe for Seeds, Unsafe for Seedlings. Ecological Society of America, 74(2): 501–512. Doi:10.2307/1939311.

Le stradic, S.; Silveira, F.A.O; Buison, E. Diversity of germination strategies and seed dormancy in herbaceous species of campo rupestre grasslands. Austral Ecology, 40(5): 537–546, 2015. Doi.org/10.1111/aec.12221.

Lima, Y. B. C.; Durigan, G.; Souza, F.M. 2014. Germinação de 15 Espécies Vegetais Do Cerrado Sob Diferentes Condições de Luz. Bioscience Journal, 30(6): 1864–72. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/23274.

Lindsay, E. A., Cunningham, S.A. 2011. Native Grass Establishment in Grassy Woodlands with Nutrient Enriched Soil and Exotic Grass Invasion. Restoration Ecology 19: 131–40. Doi.org/10.1111/j.1526-100X.2010.00680.x.

Machado, V.M.; Santos, J.B.; Pereira, I.M.; Lara, R.O.; Cabral, C.M.; Amaral, C.S. 2013. Avaliação Do Banco de Sementes de Uma Área Em Processo de Recuperação Em Cerrado Campestre. Planta Daninha 31(2): 303–12. Doi.org/10.1590/s0100-83582013000200007.

Marques, T.D.; Baêta, H.E.; Leita, M.G.P.; Martins, S.V.; Kozovits, A.R. 2014. Crescimento de espécies nativas de cerrado e de Vetiveria zizanioides em processos de revegetação de voçorocas. Ciência Florestal, 24(4): 843-855. Doi.org/10.5902/1980509816584.

Martins, C. R.; Hay, J.V.; Walter, B.M.T.; Proença, C.E.B.; Vivaldi, L.J. 2011. Impact of Invasion and Management of Molasses Grass (Melinis Minutiflora) on the Native Vegetation of the Brazilian Savanna. Revista Brasileira de Botanica 34(1): 73–90. Doi.org/10.1590/S0100-84042011000100008.

Musso, C.; Miranda, H.S.; Aires, S.S.; Bastos, A.C.; Soares, A.M.V.; Loureiro, S. 2015. Simulated Post-Fire Temperature Affects Germination of Native and Invasive Grasses in Cerrado (Brazilian Savanna). Plant Ecology and Diversity 8(2): 219–27. Doi.org/10.1080/17550874.2014.910714.

Neves, T. S.; Carpanezzi, A.A.; Zuffellato-Ribas, K.C.; Marenco, R.A. 2006. Enraizamento de Corticeira-Da-Serra Em Função Do Tipo de Estaca e Variações Sazonais. Pesquisa Agropecuaria Brasileira 41(12): 1699–1705. Doi.org/10.1590/S0100-204X2006001200003.

Oliveira, A.K.M.; Scheleder, E.J.; Favero, S. 2008. Morphological characterization, viability and vigor of Tabebuia Chrysotricha (Mart . Ex. DC .) Standl SeedS. Revista Árvore, 32(6): 1011–18. Doi.org/10.1590/S0100-67622008000600006.

Oliveira, P.G.; Garcia, Q. S. 2006. Efeitos Da Luz e da Temperatura na Germinação de Sementes de Syngonanthus Elegantulus Ruhland, S. Elegans (Bong.) Ruhland e S. Venustus Silveira (Eriocaulaceae). Acta Botanica Brasilica, 19(3): 639–45. Doi.org/10.1590/s0102-33062005000300026.

Ott, J.P.; Hartnett, D.C. 2015. Vegetative Reproduction and Bud Bank Dynamics of the Perennial Grass Andropogon Gerardii in Mixedgrass and Tallgrass Prairie. The American Midland Naturalist, 174(1): 14–32. Doi.org/10.1674/0003-0031-174.1.14.

Page, H.N.; Bork, E.W. 2005. Effect of Planting Season, Bunchgrass Species, and Neighbor Control on the Success of Transplants for Grassland Restoration. Restoration Ecology, 13(4): 651–58. Doi.org/10.1111/j.1526-100X.2005.00083.x.

Penfield, Steven. 2017. Seed Dormancy and Germination. Current Biology 27 (17): R874–78. Doi.org/10.1016/j.cub.2017.05.050.

Peterbauer, T.; Richter, A. 2001. Biochemistry and physiology of raffinose family oligosaccharides and galactosyl cyclitols in seeds. Seed Science Research, 11: 185-197. Doi.org/10.1079/SSR200175.

Peters, D.P.C. 2000. Climatic Variation and Simulated Patterns in Seedling Establishment of Two Dominant Grasses at a Semi-Arid-Arid Grassland Ecotone.” Journal of Vegetation Science 11(4): 493–504. Doi.org/10.2307/3246579.

Prober, S. M.; Thiele, K.R.; Lunt, I.D.; Koen, T.B. 2005. Restoring Ecological Function in Temperate Grassy Woodlands: Manipulating Soil Nutrients, Exotic Annuals and Native Perennial Grasses through Carbon Supplements and Spring Burns. Journal of Applied Ecology 42(6): 1073–85. Doi.org/10.1111/j.1365-2664.2005.01095.x.

Rossato, D.R.; Kolb, R.M. 2010. Germinação de Pyrostegia venusta (Bignoniaceae), viabilidade de sementes e desenvolvimento pósseminal Brazilian Journal of Botany, 2: 51–60. Doi.org/10.1590/S0100-84042010000100006.

Salazar, A.; Goldstein, G.; Franco, A.C.; Miralles-Wilhelm, F. 2011. Timing of Seed Dispersal and Dormancy, Rather than Persistent Soil Seed-Banks, Control Seedling Recruitment of Woody Plants in Neotropical Savannas. Seed Science Research 21(2): 103–16. Doi.org/10.1017/S0960258510000413.

Salazar, A.; Goldstein, G.; Franco, A.C.; Miralles-Wilhelm, F. 2012. Seed limitation of woody plants in Neotropical savannas. Plant Ecology, 213(2): 273–287. Doi.org/10.1007/s11258-011-9973-4.

Scalon, S. P. Q.; Neves, E.M.S.; Maseto, T.E.; Pereira, Z.V. 2012. Sensibilidade à Dessecação e Aoarmazenamento Em Sementes de Eugenia Pyriformis Cambess. (Uvaia). Revista Brasileira de Fruticultura 34(1): 269–76. Doi.org/10.1590/s0100-29452012000100036.

Silva, J. S. O.; Haridasan, M. 2007. Acúmulo de Biomassa Aérea e Concentração de Nutrientes Em Melinis Minutiflora P. Beauv. e Gramíneas Nativas Do Cerrado. Revista Brasileira de Botânica 30(2): 337–44. Doi.org/10.1590/s0100-84042007000200016.

Silva, J.C.S.; Almeida, S.P. 1986. Germinação de Gramíneas Nativas dos Cerrados. Centro de Pesquisas Agropecuária do Cerrado (CPAC), 18.

Silveira, C.E.S.; Palhares, D.; Pereira, L.A.R.; Pereira, K.B.D.; Silva,F.A.B. 2013. Strategies of Plant Establishment of Two Cerrado Species: Byrsonima Basiloba Juss. (Malpighiaceae) and Eugenia Dysenterica Mart. Ex DC (Myrtaceae). Plant Species Biology 28(2): 130–37. Doi.org/10.1111/j.1442-1984.2012.00366.x.

Zahawi, R. A.; Holl, K.D. 2009. Comparing the Performance of Tree Stakes and Seedlings to Restore Abandoned Tropical Pastures. Restoration Ecology 17 (6): 854–64. Doi.org/10.1111/j.1526-100X.2008.00423.x.

Zaidan, L.B.P.; Carreira, R.C. 2008. Seed Germination in Cerrado Species. Brazilian Journal of Plant Physiology, 20(3): 167–81. Doi.org/10.1590/S1677-04202008000300002.

Downloads

Publicado

2020-01-18

Como Citar

Oliveira, A. M. E. de ., Wendling, B., Ericsson, D. B. de C., Xavier, M. A. de S. ., & Xavier, A. R. E. de O. . (2020). Métodos de propagação e fatores que interferem na germinação das principais gramíneas nativas de Cerrado. Caderno De Ciências Agrárias, 12, 1–8. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.15845

Edição

Seção

REVISÕES DE LITERATURA
Share |

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)