A idéia de jogo em obras de John Cage e no ambiente da livre improvisação
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-6377.2009.54679Palavras-chave:
John Cage, livre improvisação, jogo, performance musical, processos de criação, acaso e indeterminaçãoResumo
Este texto examina as principais diferenças de enfoque relacionadas ao papel dos intérpretes na realização de duas diferentes propostas de jogo. Para tanto, são comparadas algumas obras de John Cage e as práticas de grupos que se dedicam à livre improvisação musical, principalmente do grupo Akronon. Procura-se demonstrar que as propostas de Cage, que estão situadas num plano conceitual, e as propostas da livre improvisação, que partem de uma prática experimental interativa baseada numa manipulação empírica dos sons, resultam em concepções bastante distintas a respeito do papel do intérprete. A partir desta perspectiva, afirma-se o caráter potente da livre improvisação que pode ser pensada enquanto prática de um jogo ideal conforme conceituação proposta pelo filósofo francês Gilles Deleuze.
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