Música e desenvolvimento em Salvador (Bahia), à luz da geografia crítica e ecologia dos saberes

Autores

Palavras-chave:

Música e desenvolvimento social, Educação musical, Geografia crítica, Ecologia dos saberes em música

Resumo

Registro do mapeamento de um conjunto considerável de instituições que utilizam a música como elemento estético-pedagógico relevante na transformação social de cidadãos em Salvador (Bahia), uma cidade que, distante dos discursos turísticos, apresenta consideráveis índices de pobreza, concentração de renda e desigualdade socioeconômica. O referencial teórico está alicerçado na geografia crítica e no conceito de ecologia dos saberes. A metodologia escolhida contempla a coleta e análise de estatísticas socioeconômicas oficiais sobre Salvador, e uma a pesquisa de campo com aplicação de entrevistas semiestruturadas.

Biografia do Autor

  • Armando Alexandre Castro, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

    Armando Alexandre Costa de Castro é professor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT / UFRB). Licenciado em Música pela UCSAL (1998), Especialista em História Social e Educação pela Universidade Católica do Salvador (2004), Mestre em Cultura & Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz/Universidade Federal da Bahia (2005) e Doutor em Administração pela UFBA (2011). Músico, compositor e produtor musical, integra o Grupo de Pesquisa O Som do Lugar e o Mundo (FFCH/UFBA). Organizou o livro digital Coisa de Artista: a inquietação pela autonomia (Edufba, 2014). É autor do livro sobre a Irmandade da Boa Morte, intitulado Irmãs de fé: tradição e turismo no Recôncavo Baiano (E-papers, 2006).

  • Maria Teresa Franco Ribeiro, Universidade Federal da Bahia

    Maria Teresa Franco Ribeiro é Graduada em Economia pela UFMG (1977), Mestre em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1981) e Doutora em Economia da Industria e da Tecnologia pela UFRJ (1994). Professor Associado IV da UFBA. Atua na área de Economia, com ênfase em Economia do desenvolvimento e da Inovação, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento territorial, competitividade, inovação, tecnologia, difusão, desenvolvimento sócio-ambiental. Membro do Instituto Voçoroca em Nazareno-Minas Gerais, com projetos voltados à recuperação e preservação do solo e da água. Realizou um Pós-doutorado no IHEAL (Université Paris III Sorbonne Nouvelle, 2006-2007), com o projeto: Desenvolvimento e interdisciplinaridade: explorando a interface entre a economia e a geografia. É membro fundador do LABMUNDO - Laboratório de Políticas Internacionais da EA/UFBA.

Referências

BENKO, G. Territoire et Sciences Sociales. In: ITÇAINA, X., PALARD, J. Régimes territoriaux et développement économique. Rennes: Presses Universitaires de Rennes II, Collection Espaces et Territoire, 2007.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO – PNUD; Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - CONDER. Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador. Salvador: PNUD; CONDER; Fund. João Pinheiro, 2006.

DUPAS, G. O poder dos atores e a nova lógica econômica global. (mimeo.) Ensaio apresentado na Conferência Brasil e União Européia Ampliada. Rio de Janeiro: setembro de 2004.

_________. O Impasse Ambiental e a lógica do capital. In: Meio ambiente e crescimento econômico; tensões estruturais. DUPAS, G. (Org). São Paulo: Unesp. 2009.

ESCOBAR, Arturo. Economics and the space of modernity: tales of market, production and labour. In: Cultural Studies, v. 19, n. 2, mar. 2005, p.130-175. Disponível em <http://www.unc.edu/~aescobar/> Acesso em 04/07/2007.

FRANÇA FILHO, Genauto C. Terceiro setor, economia social, economia solidária e economia popular: traçando fronteiras conceituais. In: Bahia Análise e Dados. Salvador: SEI/Governo da Bahia, 2002 v.12, n.1, Jun/2002.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

HARVEY, David. Pensador marxista inglês fala sobre os rumos da economia mundial (Entrevista com Elizabeth Carvalho). Globo News – programas Milênio. Recuperado em 15 de abril, 2010, de http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1567340-17665-314,00.html

______. O “novo”imperialismo: acumulação por espoliação. In: PANITCH, L e COLIN, L. (orgs). Socialist register 2004: o novo desafio imperial. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciências Sociais – CLASCO, 2006.

HISSA, Cássio E. V. A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise da modernidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. 316 p.

________________. Territórios de diálogos possíveis. In: In: RIBEIRO, M.T.F. E MILANI, C.R.S (Org), Compreendendo a Complexidade socioespacial contemporânea: o território como categoria de diálogo interdisciplinar. Salvador: EDUFBA, 2009.

LATOUCHE, Serge. Survivre au développement. De la décolonisation de l’imaginaire économique à la construction d’une société alternative. Paris: éditions Mille et Une Nuits, 2004.

LATOUR, Bruno. Politiques de la nature: comment faire entrer les sciences en démocratie. Paris: Découverte/Poche, 2004. 383 p.

LEFF, Enrique. Géopolitique de la biodiversité et développement durable. In: Alternatives sud: Changements climatiques impasses et perspectives. Points de vue du Sud. v. 13-2006/2.

MENESES. Maria Paula. Agentes do conhecimento? A consultoria e a produção do conhecimento em Moçambique. In: SOUSA SANTO, Boaventura (org). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez. 2004.

MORIN, Edgar; MOIGNE, J.L. A inteligência da complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000.

MORIN, Edgar. Por uma reforma do pensamento. In: PENA-VEGA, Alfredo, NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do. O Pensar Complexo. 2. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 1999. p.21-34.

NICOLESCU, B. O Manifesto da Transdisciplinaridade. São Paulo: Editora Triom, 2001. 120p.

PAULA, João Antônio de. Crise e reiteração do capitalism dependente no Brasil. In: Capitalismo Globalizado e recursos territoriais. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.

RIBEIRO, Maria Teresa, F. Introdução. In: RIBEIRO, M.T.F. E MILANI, C.R.S (Org), Compreendendo a Complexidade socioespacial contemporânea: o território como categoria de diálogo interdisciplinar. Salvador: EDUFBA, 2009.

RIST, Gilbert. Le développement: histoire d´une croyance occidentale. Paris: Presses de Science Po, 1996.

SACHS, I. Desenvolvimento e Cultura. Desenvolvimento da Cultura. Cultura do Desenvolvimento. In: Organização e Sociedade, Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. v. 12, n. 33, abr/jun. Salvador, 2005.

SAID, Edward W. Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. Trad. Rosaura Richenberg. São Paulo: Companhia da Letras, 2007. 523p

SEGURA, Denise de Sousa Baena. Educação ambiental na escola pública; da curiosodade ingênua à consciência crítica. São Paulo: AnnaBlume. 2001.

SANTOS, Milton. Relações espaço-temporais no Mundo Subdesenvolvido. In: Seleção de textos, 1 AGB – Seção Regional de São Paulo. Dez, 1976.

______. Entrevista. TD, p.32-39, fev./mar. 1999. Entrevista concedida a José Corrêa Leite.

______. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005

______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SOUSA SANTOS, Boaventura. Para além do pensamento abissal; das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: STARLING, H.M.M e ALMEIDA, S.R.G. (orgs). Sentimentos do Mundo; ciclo de conferências dos 80 anos da UFMG. Belo Horizonte: Editora da UFMG. 2009.

______. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Tradução Muzar Benedito. São Paulo: Boitempo. 2007

______. Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Editora Cortez, 2003. SANTOS, Boaventura S.. Um discurso sobre as ciências. Maria da Fé: Edições Afrontamento, 2001.

______. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento. 1987.

SMITH, Neil. O especto de Milton Santos. In: O mundo do cidadão, um cidadão do mundo. São Paulo: SAVAIVA, Bauru: Associação dos Geográfos Brasileiros. 2000.

TUCKER, Vincent. The myth of development: a critique of Eurocentria. In: MUNCK, R., O’HEARN, D. Critical development theory: contributions to a new paradigm. London: Zed Books Ltd., 1999.

Downloads

Publicado

2015-06-10

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“Música E Desenvolvimento Em Salvador (Bahia), à Luz Da Geografia crítica E Ecologia Dos Saberes”. 2015. Per Musi, nº 31 (junho): 1-23. https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/article/view/38974.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)