A tomada de consciência da relação entre Organismos Transgênicos e Organismos Geneticamente Modificados: aprendizagem significativa entre estudantes de uma universidade pública no sudoeste da Bahia

Autores

  • Jerry Adriane Pinto de Andrade Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) Laboratório de Ensino de Biologia (LEBIO)
  • Maria Luiza Rheingantz Becker UFRGS ( Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
  • Reynlado Josué de Paula Universidade Federal da Bahia (UFBA) Escola de Administração
  • Theresinha Fróes Burnham Universidade Federal da Bahia (UFBA) Programa de Pós Graduação em Educação
  • Marilene Henning Vainstein Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS) Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular

Palavras-chave:

Tomada de consciência, Organismos Transgênicos, Organismos Geneticamente Modificados, Ensino e aprendizagem de ciências.

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo acompanhar a tomada de consciência de alunos de disciplinas de Biologia de uma universidade pública da Bahia sobre as relações entre suas conceituações de organismos transgênicos (OT) e organismos geneticamente modificados (OGM). Para isso, elaborou-se uma proposta pedagógica a fim de acompanhar o processo de aprendizagem desses indivíduos em três momentos distintos do semestre letivo. A pesquisa é qualiquantitativa, focada na tomada de consciência como processo de conceituação na Epistemologia Genética. Foram utilizados questionários, mapas conceituais e filmagens. A análise considera o pensamento lógico-matemático implícito nas classificações realizadas pelos sujeitos para suas conceituações e destaca como evidência dessas classificações as relações estabelecidas entre OT e OGM, com o uso dos quantificadores “todos”, “alguns” e “nenhum”. Os resultados revelam a existência de três níveis de conceituação na trajetória de compreensão dos sujeitos. No nível I, 100% dos sujeitos consideraram OT sinônimo de OGM e os restringiram a plantas modificadas. No nível II, 28,2% consideraram OT como plantas, animais ou microrganismos, e 71,8% admitiram que todo OT é OGM, mas ainda não admitiam que nem todo OGM é OT. Finalmente, no nível III, 100% compreenderam que todo OT é OGM, mas ainda não compreendiam que nem todo OGM é OT. Destes, porém, apenas 87% reconheceram que organismos originados por processos naturais (conjugação, transdução e transformação) não poderiam ser considerados OGM. Concluiu-se que os níveis de conceituação encontrados são necessários para a compreensão científica da Biotecnologia e, portanto, podem servir como referência para professores em sua prática pedagógica.

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Publicado

2016-04-29

Como Citar

Andrade, J. A. P. de, Becker, M. L. R., Paula, R. J. de, Burnham, T. F., & Vainstein, M. H. (2016). A tomada de consciência da relação entre Organismos Transgênicos e Organismos Geneticamente Modificados: aprendizagem significativa entre estudantes de uma universidade pública no sudoeste da Bahia. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 16(1), 187–214. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4343

Edição

Seção

Artigos