Uso do Storytelling no ensino de Política Nacional de Humanização no curso de Medicina
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.44475Palavras-chave:
educação superior, estudantes de Medicina, humanização em saúde, Storytelling, metodologia ativaResumo
O uso da metodologia do Storytelling contribui para a formação profissional ao estimular a empatia e ao ampliar o olhar dos estudantes por meio de narrativas diversas. O objetivo deste artigo é o de relatar a experiência do uso do Storytelling como estratégia de ensino sobre a Política Nacional de Humanização no curso de Medicina. O método foi aplicado durante uma aula da disciplina de Interação Comunitária, com a turma dividida em pequenos grupos, visando a abordagem da Política Nacional de Humanização em Saúde. A partir das histórias compartilhadas descreve-se a participação ativa e o maior interesse dos acadêmicos com o conteúdo proposto; os mecanismos desse recurso que permitem a maior apreensão do conteúdo; bem como o êxito no emprego do método ativo pelas docentes, para a construção de conhecimento sobre Humanização em Saúde. Conclui-se que o Storytelling se mostrou capaz de sensibilizar os estudantes e ampliar a sua capacidade de envolvimento e apropriação das temáticas de ensino propostas.
Downloads
Referências
AGUIAR, Ana Caroline Inácio de Alencar et al. A Comunicação não Violenta (CNV) como instrumento de promoção da saúde mental no contexto escolar. In: ZAGO, Maria Cristina. Saúde Mental no Século XXI: Indivíduo e Coletivo Pandêmico. Guarujá, SP: Científica Digital, 2021. p. 13-23. DOI: https://doi.org/10.37885/210203315
ANTONIASSI, Clodoaldo Penha; PESSOTTO, Janine Gehrke; BERGAMIN, Luciane. Práticas restaurativas na gestão de uma equipe de Estratégia da Família: relato de experiência em Pato Branco, PR. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 43, p. 147-153, dez. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042019S614. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/frbVS3CYcGBKJxBKprnRNcp/?lang=pt. Acesso em: 16 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042019s614
BARCO, Frieda Liliana Morales et al. Era uma vez… na escola: formando educadores para formar leitores. 4. ed. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2005. p. 188.
BARR, Robert; TAGG, John. From teaching to learning: a new paradigm for undergraduate education. Change: The magazine of higher learning, v. 27, n. 6, p. 12-26, 1995. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/00091383.1995.10544672. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1080/00091383.1995.10544672. DOI: https://doi.org/10.1080/00091383.1995.10544672
BRASIL. Lei nº 8.080/1990, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília DF. 19 de set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 7 set. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização (PNH): a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf. Acesso em: 7 set. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução Nº 3 de 20 de junho de 2014. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina e dá outras providências. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, 23 jun. 2014. p. 8-11. Disponível em: http://www.toledo.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2017/07/DCN-2014.pdf. Acesso em: 7 set. 2022.
COELHO, Márcia Oliveira; JORGE, Maria Salete Bessa. Tecnologia das relações como dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, p. 1523-1531, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000800026. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csc/v14s1/a26v14s1.pdf. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000800026
FELISBINO, Emanuelle Garces. Storytelling como recurso didático pedagógico no processo de ensino/aprendizagem da língua inglesa para crianças em escola privada. 2021. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Concepções Multidisciplinares de Leitura) – Instituto Federal de Santa Catarina, Xanxerê, 2021. Disponível em: https://repositorio.ifsc.edu.br/handle/123456789/2211. Acesso em: 12 out. 2022.
PAIVA, Marlla Rúbya Ferreira et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE – Revista de Políticas Públicas, Sobral, v. 15, n. 2, 2016. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049. Acesso em: 7 set. 2022.
FURB. Universidade Regional de Blumenau. Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Blumenau: FURB, 2022. Disponível em: https://www.furb.br/web/upl/graduacao/projeto_pedagogico/202207291608100.2018%20PPC%20MEDICINA-atualizacao%202022%20.pdf. Acesso em: 7 set. 2022.
HEINEMEYER, Catherine. The dying art of storytelling in the classroom. The Conversation, 2018. Disponível em: https://theconversation.com/the-dying-art-of-storytelling-in-the-classroom-93088. Acesso em 12 out. 2022.
KIENLE, Gunver; KIENE, Helmut. Como escrever um relato de caso. Arte Médica Ampliada, v. 31, n. 2, p. 34-37, 2011. Disponível em: http://www.abmanacional.com.br/arquivo/aae76d6a6616e9828db3f643ee49a0a323efed20-31-2-relato-de-caso.pdf. Acesso em: 25 maio 2023.
LAZZARI, Daniele Delacanal; JACOBS, Gabrielle Jacobs; JUNG, Walnice. Humanização da assistência na enfermagem a partir da formação acadêmica. Revista de Enfermagem da UFSM, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 116-124, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/3705. Acesso em: 7 set. 2022.
LOPES, Iraneide Etelvina; NOGUEIRA, Júlia Aparecida Devidé; ROCHA, Dais Gonçalves. Eixos de ação do programa saúde na escola e promoção da saúde: revisão integrativa. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 42, n. 118, p. 773-789, jul./set. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811819. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/SNsdFnbvBdfdhn76GQYGDtM/?lang=pt. Acesso em: 7 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811819
MCKEE, Robert. Story: substância, estrutura, estilo e os princípios da escrita de roteiro. Tradução: Chico Marés. Curitiba: Arte & Letra, 2017. p. 430.
MERHY, Emerson Elias; FRANCO, Túlio Batista. Reestruturação produtiva e transição tecnológica na saúde. São Paulo: Hucitec, 1997. Disponível em: https://www.professores.uff.br/tuliofranco/wp-content/uploads/sites/151/2017/10/32reestruturacao_produtiva_e_transicao_tecnologica_na_saude_emerson_merhy_tulio_franco.pdf. Acesso em: 12 out. 2022.
MERHY, Emerson Elias. Um ensaio sobre o médico e suas valises tecnológicas: contribuições para compreender as reestruturações produtivas do setor saúde. Interface – comunicação, saúde, educação, Botucatu, v. 4, n. 6, p. 109-116, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000100009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/hWjdyMG9J4YhwPLLXdY3kfD/?lang=pt. Acesso em: 7 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000100009
MUHLEN, Mara Cristiane Von; VIVIAN, Aline Groff. Psicanálise e universidade: potencialidades teóricas no cenário da pesquisa. Aletheia, n. 38-39, p. 240-243, 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1150/115028213020.pdf. Acesso em: 12 out. 2022.
NAVILLE, Sarah Isabella Maas. “M-learning”: uma ferramenta eletrônica para professores para a identificação de sinais de desatenção e hiperatividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2017. Disponível em: https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/22725/Sarah%20Isabella%20Maas%20Naville.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12 out. 2022.
NOVAES, Marcos Adriano Barbosa et al. Active methodologies in the teaching and learning process: emerging didactic alternatives. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e37710414091, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14091. Acesso em: 7 set. 2022.
OLIVEIRA, Daniele de Souza Lopes; CASTAMAN, Ana Sara. Guia para uso do Storytelling em espaços educacionais na Educação Profissional e Tecnológica. 2020. Produto Educacional (Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/571084?mode=full. Acesso em: 7 set. 2022.
PALACIOS, Fernando; TERENZZO, Martha. O guia completo do Storytelling. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2016. p. 448. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=99R0DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA98&dq=guia+completo+do+storytelling&ots=JonKJ3HQBa&sig=IVAp0WqO0zd4OzXkL1ibavxoytE. Acesso em: 12 out. 2022.
POWNER, Leanne; ALLENDOERFER, Michelle. Evaluating hypotheses about active learning. InternationalStudies Perspectives, v. 9, n. 1, p. 75-89, 2008. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1528-3585.2007.00317.x. Disponível em: https://academic.oup.com/isp/article-abstract/9/1/75/1813526. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1528-3585.2007.00317.x
REIS-BORGES, Grasiela Cristina; NASCIMENTO, Edinalva Neves; BORGES, Daniel Martins. Impacto da Política Nacional de Humanização na Estratégia Saúde da Família e na Rede de Saúde. Distúrbios da Comunicação, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 194-200, 2018. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i1p194-200. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/33313. Acesso em: 7 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i1p194-200
ROCHA, Carlos José Tridade; FARIAS, Sidilene Aquino. Metodologias ativas de aprendizagem possíveis ao ensino de ciências e matemática. REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, v. 8, n. 2, p. 69-87, 2020. DOI: 10.26571/reamec.v8i2.9422. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14385. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.26571/reamec.v8i2.9422
SANTOS, Adriano Maia et al. Vínculo e autonomia na prática de saúde bucal no Programa Saúde da Família. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 464-470, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000025. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rsp/v42n3/6189.pdf. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000300011
SEGRE, Marco; FERRAZ, Flávio. Carvalho. O conceito de saúde. Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 5, p. 538-542, 1997. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101997000600016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/ztHNk9hRH3TJhh5fMgDFCFj/?lang=pt. Acesso em: 12 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101997000600016
SIEGA, Cheila Karei et al. Storytelling como estratégia didática na formação de profissionais da Enfermagem: relato de experiência. Saberes Plurais: Educ. Saúde, v. 5, n. 2, p. 15-26, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/114424. Acesso em: 29 mai. 2023. DOI: https://doi.org/10.54909/sp.v5i2.114424. DOI: https://doi.org/10.54909/sp.v5i2.114424
SILVA, Ana Carolina de Moraes; SEI, Maíra Bonafé. A Contação de Histórias e a humanização no hospital: vivências de profissionais da saúde. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, jul./dez. 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v22n2/v22n2a05.pdf. Acesso em: 29 mai. 2023.
SILVA, Arthur Fernandes da et al. Entre ouvidos e palavras: um ensaio sobre medicina narrativa, redes sociais e humanização na Atenção Primária à Saúde. Interface –Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 27. e220467, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/interface.220467. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/icse/2023.v27/e220467/pt. Acesso em: 29 mai. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/interface.220467
STORR, Will. The science of Storytelling: why stories make us human and how to tell them better. Nova Iorque: Abrams Press, 2020.
SUZUKI, Wendy A. et al. Dialogues: the science and power of Storytelling. Journal of Neuroscience, v. 38, n. 44, p. 9468-9470, 2018. DOI: 10.1523/JNEUROSCI.1942-18.2018. Disponível em: https://www.jneurosci.org/content/jneuro/38/44/9468.full.pdf. Acesso em: 13 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.1942-18.2018
VALENÇA, Marcelo; TOSTES, Ana Paula Balthazar. O Storytelling como ferramenta de aprendizado ativo. Carta Internacional, Belo Horizonte, v. 14, n. 2, 2019. DOI: https://doi.org/10.21530/ci.v14n2.2019.917. Disponível em: https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/917. Acesso em: 24 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.21530/ci.v14n2.2019.917
WRIGHT, Andrew. Storytelling with children. New York: Oxford University Press, 1995. p. 222. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=IuQOKN63TCwC&oi=fnd&pg=IA6&dq=WRIGHT,+A.+Storytelling+with+Children.+New+York:+Oxford,+1995&ots=0B5WuYMpv4&sig=Y_dxIqM5iJDQ5wB0ZjGX8KYC728. Acesso em: 12 out. 2022.
XAVIER, Adilson. Storytelling: Histórias que deixam marcas. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015. p. 304. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=onQyBwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=XAVIER,+Adilson.+Storytelling:+Hist%C3%B3rias+que+deixam+marcas.+1.ed.+Rio+de+Janeiro:+BestSeller,+2015.+304+p&ots=jewOSI0D-y&sig=jMmfZQlVNt8liQLii07_p17xNEc. Acesso em: 12 out. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Alessandra Cunha dos Santos, Daniela Maysa de Souza, Luana Gabriele Nilson, Luísa Barbieri Kreibich
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Política de acesso aberto:
A Revista Docência do Ensino Superior é um periódico de Acesso Aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou sua instituição. Os usuários podem ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou vincular os textos completos dos artigos, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal, sem solicitar permissão prévia do editor ou do autor, desde que respeitem a licença de uso do Creative Commons utilizada pelo periódico. Esta definição de acesso aberto está de acordo com a Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste (BOAI).