LabJuX
uma experiência de ensino, pesquisa e extensão universitária no contexto das juventudes
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2025.54895Palavras-chave:
juventudes, laboratório, extensão universitária, culturas midiáticas, experiência docenteResumo
O objetivo deste artigo é discutir o papel dos jovens como atores sociais na produção de conteúdos midiáticos relacionados às suas culturas e cotidianos, a partir da experiência do Laboratório de Culturas Midiáticas das Juventudes (LabJuX) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Trata-se de resultado de pesquisa voltado para os estudos das juventudes e suas culturas, especialmente no que diz respeito às midiáticas, e de observações no campo a partir da produção de conteúdos desde o ano de 2022 até a presente data. Paulo Freire, Rossana Reguillo, José Machado Pais e Jesús Martín-Barbero, entre outros, sustentam o texto teoricamente. A metodologia contempla três abordagens: a primeira é a abordagem autoetnográfica das autoras, que são também coordenadoras do LabJuX; a segunda é a analítica, quando são tomados os processos de elaboração e negociação das produções discentes; e a terceira é a etnográfica, com a observação dos espaços de interação, criação e visibilidade midiática que estimulam as produções discentes no contexto do projeto, bem como a colaboração de ativistas externos ao ambiente universitário. Foram observados cinco alunos de graduação e três projetos sociais ligados à cultura do skate: CDD Skate Arte, Instituto Ademafia e Coletivo Skate Petrópolis. Conclui-se que o ambiente do ensino e da pesquisa conforma o olhar dos jovens a parâmetros normativos, mas é na combinação da extensão universitária com a visibilidade midiática que seus cotidianos se impõem como código imanente praticado em pluralidade.
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