Novos serviços de saúde mental e o fenômeno da porta giratória no Rio Grande do Norte

Autores

  • Déborah Karollyne Ribeiro Ramos Campina GrandePB, Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, curso de Graduação em Enfermagem , Brasil
  • Jacileide Guimarães NatalRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Curso de Pós-Graduação em Enfermagem , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20130033

Palavras-chave:

Saúde Mental, Psiquiatria, Internação Hospitalar, Pesquisa sobre Serviços de Saúde

Resumo

OBJETIVO: avaliar o impacto da expansão da rede de atenção à saúde mental no fenômeno porta giratória no Rio Grande do Norte (RN). MÉTODOS: trata-se de pesquisa exploratória e descritiva, realizada em um hospital público referência estadual para o atendimento em Psiquiatria. Os sujeitos da pesquisa foram 20 profissionais do próprio hospital, que lidam em seu cotidiano de trabalho com as internações e altas dos indivíduos com transtorno mental que buscam atendimento na instituição locus da pesquisa. Os instrumentos utilizados foram: entrevista semiestruturada, observação direta e análise documental. RESULTADOS: evidenciou-se que a expansão da rede de saúde mental proporcionou a redução do quantitativo de reinternações psiquiátricas no RN, bem como a diminuição na demanda por atendimento na urgência do hospital onde foi realizada a pesquisa. CONCLUSÃO: constatou-se que, além da redução gradativa dos índices de reinternações psiquiátricas no RN, a instituição pesquisada vem distribuindo de forma mais organizada, dentro da rede de saúde mental do estado, os usuários que chegam à urgência da instituição atuando, inclusive, junto aos municípios do interior. A presente pesquisa demonstrou que a reforma psiquiátrica brasileira vem avançando no RN e que é possível lutar e conquistar patamares favoráveis na redução de reinternações psiquiátricas no estado.

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Publicado

01-06-2013

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Novos serviços de saúde mental e o fenômeno da porta giratória no Rio Grande do Norte. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de junho de 2013 [citado 27º de março de 2025];17(2). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50240

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