Gênero, Poder e contrato social
um sinalagma até então extorquido
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2019.15078Palavras-chave:
Teorias do contrato social, Desigualdade, Gênero, Divisão sexual do trabalhoResumo
As críticas feministas têm-se desenvolvido através de uma perspectiva em que se busca a libertação da mulher de sua subjugação histórica, advinda da desigualdade sistêmica em todos os âmbitos. Desigualdade que vai desde o trabalho doméstico não remunerado até as posições hegemônicas de poder, ocupadas por aqueles que se apoderaram dos postos decisórios. Os estudos de gênero têm avançado sobre discussões que incluem ainda outras formas de opressão, como a heteronormatividade. Em relação a tais questionamentos e à situação desigual das mulheres nas suas relações de trabalho, buscamos demonstrar que essa desigualdade se assenta na divisão sexual do trabalho. Para tanto, recorreremos às perspectivas filosóficas do contrato original para elucidar a existência de um contrato sexual – a metade oculta do contrato original que assenta a dominação e a exploração das mulheres pelos homens – e para apontar possíveis rotas de fuga dessa estrutura. Percorreremos esse caminho através de quatro pontos: I) A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro - alguns dados; II) A duplicidade do contrato original: liberdade e subjugação; III) Heterossexualidade como norma e a proposta contrassexual; e IV) Considerações preliminares.
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