As novas formas de controle político
a guerra cultural e suas perspectivas na Reforma Trabalhista brasileira
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.24039Palavras-chave:
Guerra Cultural, Neoliberalismo, Controle político, Reforma Trabalhista, PolíticaResumo
O presente trabalho pretende contribuir para o entendimento das causas e efeitos da aprovação da Reforma Trabalhista brasileira. Sob a perspectiva da guerra cultural como ferramenta usada para concretizar o controle político da sociedade e do Estado, tal controle exercido pelo Mercado transnacional e por agentes do neoliberalismo global. Os pressupostos da hipótese de que a reforma trabalhista é fruto da guerra cultural contam com a filosofia para e do tempo presente, além da comparação de características do texto de lei e acontecimentos políticos prévios à sua aprovação. É necessário o reencontro do debate público sobre as questões das novas modalidades de guerra; das inovadoras formas de controle; das consequências da supressão da política; das causas do ódio ao Estado; da reificação do trabalho; das mazelas do neoliberalismo para a cidadania. O Brasil deve caminhar rumo a um Estado de Direito suprassumido, no qual estejam incluídos os direitos trabalhistas necessários para a efetivação dos valores soberanos da nação.
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