Por uma (Est)Ética da monstruosidade Queer
Uma análise indisciplinada sobre o filme “Todos estão falando sobre o Jamie”
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41679Palavras-chave:
Cinema., Arte Queer., Teoria Queer, (Est)Ética da ExistênciaResumo
No presente ensaio, tomando como lócus de análise o filme “Todos estão falando sobre o Jamie” (Everybody’s Talking About Jamie) e inspiradas pelas autoras e autores do Pós-Estruturalismo, da teoria Queer e do Transfeminismo, nos propomos pensar e problematizar qual o lugar das normatividades na experiência escolar e de vida das pessoas que experimentam a condição de dissidência sexual e/ou de gênero. Aqui a imagem fílmica é compreendida como um artefato cultural, ou seja, como um constructo sócio-histórico cuja inteligibilidade produz não apenas sentidos mas deseja impor modelos. Em nossa tessitura, o personagem principal Jamie e suas vivências no interior da escola, e para além dela, emergem como um índice de contestação e resistência contra as normatividades. Acreditamos que a existência e a arte Queer materializada no personagem principal da trama atestam uma micropolítica da (re)existência que, apesar de toda parafernália normativa, institui-se como uma (est)ética da existência Queer radical face aos regimes de verdades alicerçados na heterossexualidade compulsória e no binarismo de gênero.
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