Do mal totalitário ao ensino de arte

violência institucional promovida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41805

Palavras-chave:

Mal totalitário, Ensino de arte, Gênero, Resistência, Bolsonaro

Resumo

Este artigo visa analisar três produções acadêmicas, financiadas pelo governo Bolsonaro, que visam produzir violências institucionais contra estudantes dissidentes sexuais e desobedientes de gênero, bem como cercear a liberdade de ensinar das professoras e dos professores de arte no que diz respeito a gênero, sexualidade, raça, natureza e classe social. Concluiu-se que, diante do mal totalitário, é necessário entender como a extrema direita tem articulado suas políticas educacionais, de modo a criarmos uma frente de resistência cada vez mais forte. Além disso, problematiza-se também o direito das famílias de educarem seus filhos e filhas a partir de valores e crenças que geram situações desumanas em sala de aula, no contexto da educação formal. 

 

Biografia do Autor

Tiago de Brito Cruvinel, Instituto Federal de Minas Gerais - IFMG

Professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). É formado em Interpretação Teatral (2010) e licenciatura em Artes Cênicas (2015) pela Universidade de Brasília (UnB). Realizou intercâmbio durante a primeira graduação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal. É mestre (2013) e doutor (2017) em Artes pela UnB, com Pós-Doutorado na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2019), sob supervisão da professora Mariana Lima Muniz, e Pós-Doutorado em Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - USP (2020), sob supervisão da professora Maria Lúcia Pupo. Ganhador do prêmio de melhor Tese na área de Linguística, Letras e Artes junto ao Prêmio UnB Tese do ano de 2017. Autor do livro Criança em cena: Análise da atuação e de processos criativos com crianças-atores (Editora CRV, 2015) e um dos organizadores dos livros Pedagogia das Artes Cênicas (Volume 1, 2, 3 e 4). Lecionou também na licenciatura em Teatro da Universidade Aberta do Brasil (UAB/UnB). Foi vice-coordenador do grupo de trabalho Pedagogia das Artes Cênicas da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas - ABRACE (2017-2018). É pesquisador associado do Groupe de Recherche sua l'Enseignement du Théâtre - GRET da Université du Québec à Montréal - (UQAM). Atualmente é colaborador do Mestrado Profissional em Artes (ProfArtes) da UFMG.

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Publicado

2023-04-06

Como Citar

CRUVINEL, T. de B. Do mal totalitário ao ensino de arte: violência institucional promovida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 13, n. 27, p. 28–48, 2023. DOI: 10.35699/2237-5864.2023.41805. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/41805. Acesso em: 2 maio. 2024.