Ficção e história em O Cavaleiro Inexistente, de Ítalo Calvino
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o romance O Cavaleiro Inexistente, de Ítalo Calvino, e propor algumas reflexões em relação aos modos pelos quais determinados discursos históricos podem ser (e, em alguma medida, geralmente são) construídos a partir de bases ficcionais. Nesse sentido, a proposta é articular a cena do jantar de Carlos Magno com os seus paladinos, em especial as discussões sobre verdade e mentira na configuração de uma narrativa oficial sobre os grandes heróis da nação francesa, com o conceito de “modos narrativos de representação”, de Hayden White. Três perspectivas sobre o passado se explicitam nesta cena, i.e., três formas de articular discursivamente determinadas interpretações sobre aquilo que passou: uma construída a partir de uma perspectiva documentada e lógica (Agilulfo); outra a partir de uma ação mais engajada e interessada (Ulivieri et al.); e uma última a partir de um discurso desinteressado, distanciado e mediado por um conjunto de “instâncias legitimadoras”, mas não menos destituído de contradições (Carlos Magno).
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