O Estado mata, o Rap conta: o genocídio negro no Brasil contemporâneo (1990-2019)

Autores

  • Gabrielly Sabóia Faculdade IPEMIG

Resumo

Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar o exercício da consciência crítica de parte do movimento rap brasileiro contemporâneo a respeito da participação do Estado no genocídio de pessoas negras a partir da análise de quatro canções cujos autores destacam-se no cenário musical nacional. Para tal, iremos examinar como se deu a reformulação das temáticas abordadas nas canções de rap selecionadas; como isso afeta o pensamento social coletivo e como o rap brasileiro contemporâneo explica o Estado,sua formação e seus mecanismos de opressão e discriminação. A metodologia adotada para este estudo baseia-se na utilização do método de pesquisa descritivo associado à uma abordagem qualitativa; na revisão bibliográfica baseada na articulação entre as análises das letras das canções selecionadas e o contexto social, racial e político no Brasil e na adoção do método de análise de discurso (Caimi; Mistura, 2021) como uma importante ferramenta para o cumprimento do objetivo de examinar as canções selecionadas. Nossa principal fonte será o “Rap Consciência” (Santos, 2008) entre os anos de 1990 e 2019. Isto posto, temos que os resultados obtidos indicam que esse gênero musical deve ser visto e entendido como uma forma de manifestação artística e política, além de merecer o reconhecimento pela sua atuação enquanto um dos novos agentes sociais da luta antirracista na sociedade brasileira –evidentemente associado à luta histórica dos movimentos sociais negros clássicos.

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Biografia do Autor

  • Gabrielly Sabóia, Faculdade IPEMIG

    Licenciada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduanda em Segunda Licenciatura em Pedagogia na Faculdade IPEMIG. Historiadora registrada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Revisora e Normalizadora ABNT. E-mail: contato.gabriellysaboia@gmail.com

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Publicado

19-06-2025

Como Citar

SABÓIA GONÇALO DE ARAÚJO, Gabrielly. O Estado mata, o Rap conta: o genocídio negro no Brasil contemporâneo (1990-2019). Temporalidades, Belo Horizonte, v. 17, n. 1, p. 1–25, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/54416. Acesso em: 7 dez. 2025.