A FORMAÇÃO HUMANA ENTRE O CONCEITO E A EXPERIÊNCIA DO TRABALHO: ELEMENTOS PARA UMA PEDAGOGIA DA ATIVIDADE

Autores

  • Daisy Moreira Cunha FAE/UFMG
  • Yves Schwartz Université de Provence

Resumo

A idéia de que trabalhar educa está presente no ideário pedagógico brasileiro configurando formas institucionais, práticas pedagógicas e reflexões teóricas. A tese interroga as dimensões educativas da experiência de trabalho e com tal propósito não poderia negligenciar investimentos práticos entre o pólo da gestão do trabalho, o pólo do mercado e o pólo da politéia onde se inscrevem as normas educativas. Analisando recente evolução histórica das políticas educacionais oficiais pudemos constatar separação radical entre experiências de trabalho e educação. Paralelamente e em sentido contrário, propostas implementadas por organizações da sociedade civil articulavam experiência de trabalho e educação, reforçando a idéia do “trabalho como princípio educativo”: Movimento dos Sem Terra (MST); Programa de Formação Integrar (CNM/CUT); Programa de Educação de Trabalhadores (PET). Desse quadro empírico fomos então reenviados ao campo da idéias pedagógicas na produção teórica educacional brasileira onde verificamos o problema tratado num duplo sentido: crítica do trabalho e da escola sob o capitalismo e afirmação do trabalho como princípio educativo. Nessa literatura, o trabalho é tomado em sua acepção geral ou abstrata o que dificulta compreender em que ele pode ser princípio educativo. Como pode o trabalho ser constituinte e organizador dos processos de produção alienantes sob o capitalismo e ao mesmo tempo elemento constituinte do humano? Como pode esse trabalho que criticamos as dimensões alienadas sob o capitalismo ser reapropriado por programas de formação enquanto experiência com potencialidades humanizadoras?

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Publicado

2012-05-07

Como Citar

CUNHA, D. M.; SCHWARTZ, Y. A FORMAÇÃO HUMANA ENTRE O CONCEITO E A EXPERIÊNCIA DO TRABALHO: ELEMENTOS PARA UMA PEDAGOGIA DA ATIVIDADE. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 15, n. 1, p. 87–90, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/8834. Acesso em: 28 mar. 2024.

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