Diferenças na experiência de cárie dental em crianças residentes em áreas urbanas e rurais
Palavras-chave:
Cárie dentária, Desigualdades em saúde, Saúde públicaResumo
As desigualdades sociais possuem grande impacto sobre a saúde das populações. As áreas rurais brasileiras apresentam indicadores sócio-econômicos piores que as respectivas áreas urbanas e, desta forma, configuram um importante pólo de concentração para os agravos à saúde bucal. O objetivo deste estudo foi avaliar as diferenças na experiência de cárie em escolares de 4 a 14 anos de idade do meio urbano e rural da cidade de Igaratinga, Minas Gerais. Foi realizado um censo com todas as crianças em idade escolar, matriculadas na rede municipal de ensino. Foram examinados 744 escolares empregando-se os códigos e critérios preconizados pela OMS. A análise dos dados permitiu observar relação estatisticamente significativa do índice de cárie dentária nas diferentes regiões (rural e urbana) do município (p<0,001). Observou-se o ceo-d e o CPO-D menos elevado na área urbana, que possui água fluoretada, para todas as idades em relação às áreas rurais. O ceo-d e o CPO-D médios foi de 1,13 (±0,84) e 0,8 (±0,64), respectivamente para a área urbana. Para a área rural a média do ceo-d foi de 1,71 (±1,62), e do CPO-D foi de 2,06 (±1,65). Nesse sentido, sublinha-se a importância da fluoretação das águas de abastecimento público, não só como recurso para a redução dos níveis de cáries, como também para atenuar o impacto das desigualdades sócio-econômicas sobre a prevalência da cárie dentária.
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