Efeito da ordem de parto e do estádio de lactação na frequência de mastite bovina em rebanhos mestiços de Holandês e Gir

Resumo

A mastite bovina constitui a enfermidade de maior importância econômica na produção leiteira mundial. A doença caracteriza-se ainda como uma das mais comuns em gado leiteiro em todo o mundo. Objetivou-se avaliar o efeito da estação do ano, da ordem de parto, do estádio de lactação e do nível de produção de leite sobre a frequência de mastite bovina em rebanhos mestiços no município de Icaraí de Minas-MG. Foram realizados testes de CMT (California Mastitis Test) e caneca telada em 12.820 quartos mamários de 3.205 matrizes provenientes de 15 unidades agrícolas familiares. O diagnóstico da mastite foi realizado em 12 diferentes épocas distribuídas entre março de 2008 e fevereiro de 2011. Casos subclínicos e clínicos foram identificados em 25,22% e 0,81% dos quartos mamários, respectivamente. A frequência da doença na forma subclínica foi maior na estação chuvosa (30,37%), em relação à de seca (20,10%); quanto à clínica, não houve efeito de estação. A frequência de mastite foi maior em propriedades com produção diária superior a 150L.  A ordem de parto e o estádio de lactação interferiram de forma significativa na frequência da doença.  Animais com maior número de partos e em fase final de lactação apresentaram maior percentagem de quartos mamários infectados. A maior frequência da doença em propriedades de maior produção evidencia que o aumento do número de animais em lactação e da produtividade, deve ser acompanhado de melhorias no manejo de ordenha.