A cultura das figurinhas: as configurações de linguagens do colecionismo no álbum da Copa do Mundo FIFA 2018

Conteúdo do artigo principal

Anderson Gurgel Campos
Helena Maria Afonso Jacob

Resumo

Desde 1970, o lançamento do álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo FIFA é um dos momentos mais esperados pelos fãs no período de preparação para esse megaevento esportivo. Para muitos, o Mundial de Futebol começa quando a febre das figurinhas toma escolas, parques, festas e conversas de botequim. Neste artigo estudamos o fenômeno do colecionismo no álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018, sob o ponto de vista dos significados tanto deste objeto como das relações que os fãs desenvolvem com as figurinhas e com o álbum. O referencial teórico para a análise é a semiótica da cultura, de Iúri Lotman, além de aspectos centrais das teorias do jogo e dos megaeventos esportivos. O objetivo é contribuir para melhor entendimento da Copa do Mundo como texto da cultura e para a reflexão sobre as práticas realizadas nesse evento e seus impactos no público apaixonado por futebol.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
CAMPOS, A. G.; JACOB, H. M. A. A cultura das figurinhas: as configurações de linguagens do colecionismo no álbum da Copa do Mundo FIFA 2018. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 3, n. 2, p. 9–27, 2019. DOI: 10.17851/2526-4494.3.2.9-27. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/13864. Acesso em: 13 out. 2024.
Seção
DOSSIÊ
Biografia do Autor

Anderson Gurgel Campos, Universidade Presbiteriana Mackenzie / Centro Universitário Belas Artes

Doutor e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Jornalista e professor universitário da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Centro Universitário Belas Artes. É pesquisador de comunicação e esporte.

Helena Maria Afonso Jacob, Faculdade Cásper Líbero / Centro Universitário Fecap

Doutora e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP com pesquisa em cultura, mídia e alimentação. Professora de jornalismo e relações públicas da Faculdade Cásper Líbero e do Centro Universitário Belas Artes.
Share |

Referências

CAILLOIS, Roger. Los juegos y los hombres – la máscara y el vértigo. México: Fondo de Cultura Económica, 1986.

CAMPOS, Anderson Gurgel. A economia das imagens do esporte – produção, reprodução e valoração de bens imagéticos nos ambientes midiáticos dos megaeventos esportivos. Tese de Doutorado. São Paulo: PUC-SP, 2014a.

CAMPOS, Anderson Gurgel. A Copa do Mundo como megaevento esportivo: afinal do que estamos falando? Uma abordagem comunicacional sobre a maior festa do futebol. In: ______. Comunicação e esporte: Copa do Mundo de 2014. E-book. São Paulo: Intercom, 2014b.

DEBORD, Guy. Sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 1997.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta – ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Hucitec, 1985.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – o jogo como elemento da cultura. 4ª. Edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 1996.

LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Cia das Letras, 2015.

LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal – ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. São Paulo: Cia das Letras, 2006.

LOTMAN, Iúri. Cultura y explosión: lo previsible y lo imprevisible en los procesos de cambio social. Madrid: Gedisa Editorial, 1999.

LOTMAN, Iúri. La semiosfera I – semiótica de la cultura y del texto. Madrid: Editora Cátedra, 1996.

LOTMAN, Iúri. Sobre o problema da tipologia da cultura. In: SCHNAIDERMAN, Bóris. Semiótica Russa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.

MACHADO, Irene. Escola de semiótica: a experiência de Tártu-Moscou para o estudo da cultura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

NOTH, Winfried. Handbook of Semiotics. Indiana: University Press, 1995.

ROCHE, Maurice. Mega-events and Modernity: Olympics and Expos in the Ground of Global Culture. London: Routledge, 2000.

SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002.