A cultura das figurinhas: as configurações de linguagens do colecionismo no álbum da Copa do Mundo FIFA 2018
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Desde 1970, o lançamento do álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo FIFA é um dos momentos mais esperados pelos fãs no período de preparação para esse megaevento esportivo. Para muitos, o Mundial de Futebol começa quando a febre das figurinhas toma escolas, parques, festas e conversas de botequim. Neste artigo estudamos o fenômeno do colecionismo no álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018, sob o ponto de vista dos significados tanto deste objeto como das relações que os fãs desenvolvem com as figurinhas e com o álbum. O referencial teórico para a análise é a semiótica da cultura, de Iúri Lotman, além de aspectos centrais das teorias do jogo e dos megaeventos esportivos. O objetivo é contribuir para melhor entendimento da Copa do Mundo como texto da cultura e para a reflexão sobre as práticas realizadas nesse evento e seus impactos no público apaixonado por futebol.
Downloads
Detalhes do artigo
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja O Efeito Acesso Livre).
Referências
CAILLOIS, Roger. Los juegos y los hombres – la máscara y el vértigo. México: Fondo de Cultura Económica, 1986.
CAMPOS, Anderson Gurgel. A economia das imagens do esporte – produção, reprodução e valoração de bens imagéticos nos ambientes midiáticos dos megaeventos esportivos. Tese de Doutorado. São Paulo: PUC-SP, 2014a.
CAMPOS, Anderson Gurgel. A Copa do Mundo como megaevento esportivo: afinal do que estamos falando? Uma abordagem comunicacional sobre a maior festa do futebol. In: ______. Comunicação e esporte: Copa do Mundo de 2014. E-book. São Paulo: Intercom, 2014b.
DEBORD, Guy. Sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 1997.
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta – ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Hucitec, 1985.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – o jogo como elemento da cultura. 4ª. Edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 1996.
LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Cia das Letras, 2015.
LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal – ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. São Paulo: Cia das Letras, 2006.
LOTMAN, Iúri. Cultura y explosión: lo previsible y lo imprevisible en los procesos de cambio social. Madrid: Gedisa Editorial, 1999.
LOTMAN, Iúri. La semiosfera I – semiótica de la cultura y del texto. Madrid: Editora Cátedra, 1996.
LOTMAN, Iúri. Sobre o problema da tipologia da cultura. In: SCHNAIDERMAN, Bóris. Semiótica Russa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.
MACHADO, Irene. Escola de semiótica: a experiência de Tártu-Moscou para o estudo da cultura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
NOTH, Winfried. Handbook of Semiotics. Indiana: University Press, 1995.
ROCHE, Maurice. Mega-events and Modernity: Olympics and Expos in the Ground of Global Culture. London: Routledge, 2000.
SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002.