A mulher paratleta e a cobertura jornalística dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 uma leitura das páginas de O Estado de S. Paulo

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Neide Maria Carlos
José Carlos Marques

Resumo

Este trabalho oferece uma análise discursiva sobre como foi representada a mulher paratleta nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, ocorridos entre os dias 7 e 18 de setembro de 2016. Para tanto, elegemos como objeto de análise o jornal impresso O Estado de S. Paulo – um dos mais tradicionais e longevos do país, fundado em 1875. Confrontamos os conceitos sobre fotografia, corpo, gênero e discurso jornalístico a fim de perceber como se revela a falta de representação feminina na cobertura esportiva. A Análise do Discurso de linha francesa oferece-nos um modelo teórico-metodológico para a compreensão dos discursos presentes nos enunciados das páginas dos jornais.

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Seção

DOSSIÊ

Biografia do Autor

Neide Maria Carlos, Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru)

Doutora e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Graduada em Comunicação Social: Jornalismo pela Universidade do Sagrado Coração (USC).

Como Citar

A mulher paratleta e a cobertura jornalística dos Jogos Paralímpicos Rio 2016: uma leitura das páginas de O Estado de S. Paulo. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 10, n. 1, p. 88–115, 2025. DOI: 10.35699/2526-4494.2025.v10.61336. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/61336. Acesso em: 13 nov. 2025.

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