A mulher paratleta e a cobertura jornalística dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 uma leitura das páginas de O Estado de S. Paulo
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Resumo
Este trabalho oferece uma análise discursiva sobre como foi representada a mulher paratleta nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, ocorridos entre os dias 7 e 18 de setembro de 2016. Para tanto, elegemos como objeto de análise o jornal impresso O Estado de S. Paulo – um dos mais tradicionais e longevos do país, fundado em 1875. Confrontamos os conceitos sobre fotografia, corpo, gênero e discurso jornalístico a fim de perceber como se revela a falta de representação feminina na cobertura esportiva. A Análise do Discurso de linha francesa oferece-nos um modelo teórico-metodológico para a compreensão dos discursos presentes nos enunciados das páginas dos jornais.
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