Indicadores de salubridade urbana e rural da bacia do Rio Doce
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-549X..13475Palavras-chave:
salubridade, saneamento, saúde, inserção social, Rio DoceResumo
O bem estar social é um tema amplamente discutido diante das incontáveis perspectivas de aplicação de dados, tratamento estatístico, produção de índices e possibilidades de representação espacial dos fenômenos. Dessa maneira, o acesso aos serviços de saneamento e suas implicações no ambiente; os atendimentos médicos e as ocorrências epidemiológicas amplamente observadas/registradas pela saúde pública, além das possibilidades de inserção dos indivíduos nos sistemas de amparo e necessidades básicas individuais ou coletivas de uma população, abrangem as principais perspectivas de se caracterizar a qualidade de vida humana. Surge nesse contexto a construção do conceito de salubridade, que incorpora estas dimensões e possibilita uma análise conjugada. Ao passo que na contemporaneidade é explícito a apropriação dos elementos naturais enquanto recursos torna-se procedente a discussão sobre a condição atual de higidez em uma bacia hidrográfica federal recentemente devastada que será, de agora em diante, palco de um debate perene diante de um desastre socioambiental sem precedentes: a devastação do Rio Doce, seus afluentes e sua gente. Este artigo apresenta uma metodologia que sintetiza a salubridade a partir de técnicas de análise multivariada e conjugação de diferentes indicadores. O mapeamento que apresenta a espacialização do índice gerado é compatível com as observações in loco, comprovando, portanto, a aplicabilidade dos métodos propostos.Downloads
Referências
ABIKO, A. K. Introdução à gestão habitacional. São Paulo: EPUSP, 1995. 31p. Escola Politécnica da USP. Departamento de Engenharia de Construção Civil, TT/ PCC/12.
BORGES DA SILVA, P.E.A. Índice da Qualidade do Saneamento Ambiental aplicado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Geociências. 2012.
BRASIL. Projeto de Lei nº. 5.296/2005. Proposição sujeita a apreciação do plenário. Apresentação em 23 mai. 2005. Em arquivamento na Câmara dos Deputados. Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em: www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=286716 Acesso em: 15/04/2016.
CIES/CESO I&D. Grupos sociais desfavorecidos face ao emprego: tipologias e quadro básico de medidas recomendáveis. In: Centro de Investigação e Estudos de Sociologia. Instituto Universitário de Lisboa. Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). 1998.
COELHO, A.L.N. bacia hidrográfica do Rio Doce (MG/ES): uma análise socioambiental integrada. Geografares, nº 7, p. 131-146. Universidade Federal do Espírito Santo. 2009.
COSTA, H. S. M.; MATOS, R.; GARCIA, R.A. SAADI, A.; Estudo sobre impactos oriundos de iniciativas localizadas no eixo norte da RMBH e definição de alternativas de desenvolvimento econômico, urbano e social para o Município de Belo Horizonte. Volume V. Belo Horizonte. Maio de 2008.
COSTA, H. S. M. Indústria, produção do espaço e custos ambientais: reflexões a partir do exemplo do Vale do Aço, Minas Gerais. In: TORRES, H.; COSTA, H. (Orgs.). População e meio ambiente: debates e desafios. São Paulo: Editora Senac, 2000.
DALEY, K.; CASTLEDEN, H.; JAMIESON, R.; FURGAL, C.; ELL, L.. Water systems, sanitation, and public health risks in remote communities: inuit resident perspectives from the Canadian Arctic. In: Social Science & Medicine 135 (2015) 124 e 132.
FELIPPE, M.; COSTA, A.; FRANCO, R.; MATOS, R. A tragédia do Rio Doce: a Lama, o povo e a água. Relatório de campo e interpretações preliminares sobre as consequências do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão (Samarco/VALE/ BHP). Leste/UFMG e Terra/ UFJF. Belo Horizonte e Juiz de Fora - MG. 2016. Disponível em: http://www.igc.ufmg.br/images/pdf/geografia/leste-laboratorio/ UFMG_UFJF_RelatorioExped icaoRioDoce_v2.pdf Acesso em: 20/05/2016.
FOUCAULT, M. O nascimento da medicina social. In: __________ Microfísica do poder. Org. e trad. Roberto Machado. 7. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1992. cap. V, p.79-98.
FUNASA. Manual de saneamento. 3ª ed. rev. Fundação Nacional de Saúde, 2006, 408 p. 85-7346-045-8.
GARCIA, R.A.; MIRANDARIBEIRO, A. Segregação socioespacial em Belo Horizonte: uma aplicação de modelos difusos. In: Revista GeografiaS. Jul-Dez, Número 01. Instituto de Geociências. UFMG. 2005.
GARCIA, R.A.; NUNES, M.A.; OLIVEIRA, F.B. Metodologias para a criação de indicadores socioambientais em unidades de planejamento em bacias hidrográficas: o caso da bacia do Mucuri – MG. GeografiaS. Instituto de Geociências da UFMG. Belo Horizonte 08(1) 64-83 janeirojunho de 2012.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Impactos sobre a Biodiversidade. In: Biodiversidade Global. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidadeglobal/impactos. Acesso em: 25 de maio de 2016.
OPAS. Organização PanAmericana da Saúde. Indicadores de Salud: elementos básicos para el análisis de la situación de salud. Boletín Epidemiológico 2001; 22(4): 1-5.
PADHY, S.N.; S.K. DASH, S.K.; MOHAPATRA, R. Human Environment, as Introspected by the sages and seers in vedicage: a contemplative scientific review from Manusmruti. Human Ecology in the New Millennium. Human Ecology Special Issue Nº 10: 177-200 (2001), Veena Bhasin. Guest Editors.
REDE Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.: il.
UNU, United Nations University; Schuster-Wallace C.J., Qadir M., Adeel Z., Renaud F., Dickin S.K. (2015). Putting Water and Energy at the Heart of Sustainable Development. United Nations University. Available from: http://inweh.unu.edu.
VON SCHIRNDING, Y.; ONZIVU, W. ADEDE, A.O. International environmental law and global public health. Bulletin of the World Health Organization: the International Journal of Public Health 2002 ; 80(12): 970-974. Disponível em: http://apps.who.int/iris/handle/10665/71683. Acesso em: 25/04/2016.
VON SPERLING, T. L. Estudo da utilização de indicadores de desempenho para avaliação da qualidade dos serviços de esgotamento sanitário Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Revista Geografias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos desta revista obedecem a licença Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0