Flèche d’Or de Django Reinhardt

porquê não foi ouvida?

Autores

Palavras-chave:

Violão de Django Reinhardt e Miles Davis, História do jazz modal e bebop, Violão de Django Reinhardt, Jazz modal e bebop na França

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão sobre aspectos históricos das circunstâncias em que foi gravada a música Flèche d’Or de Django Reinhardt, e como o músico francês era visto pelos críticos da época, nos Estados Unidos e na Europa. A partir da caracterização desta música como um claro exemplo anterior do que fora considerado como estopim do jazz modal em Miles Davis, levanta-se a questão: porquê ela não foi ouvida?

Biografia do Autor

  • Laurent Cugny, Université Paris-Sorbonne

    Laurent Cugny, pianista, arranjador e maestro, músico autodidata. Fundou a big band Lumière em 1979 e começou a gravar com esta orquestra a partir de 1981. Em 1987, toca e grava com Gil Evans, e de 1994 a 1997 dirige a Orquestra Nacional de Jazz. Trabalha também como arranjador, notadamente para Abbey Lincoln, Lucky Peterson, Juliette Gréco, David Linx, Ricardo Tepperman. Em 2006, criou no Festival Jazz à Vienne, a ópera-jazz La Tectonique des nuages que fora reapresentada no ano seguinte no Théatre de la Ville em Paris, e gravado em 2009 pelo selo Signature (Radio France). Neste mesmo ano, reformou a Enormous Band de vinte e três músicos que se apresentou nos Festivais de Vienne e de Marciac, e na Cité de la Musique. Em 2001, defendeu a tese de doutorado L’analyse de l’œuvre de jazz: spécificités théoriques et méthodologiques na Universidade Paris-Sorbonne (Paris IV),e em 2004, passou a coordenar pesquisas sobre História do jazz e Teoria do jazz. Professor Titular da Universidade Paris-Sorbonne desde 2006, Cugny é autor dos livros Las Vegas Tango: Une vie de Gil Evans (P.O.L., 1989, traduzido em japonês em 1996), Électrique: Miles davis 1968-1975 (André Dimanche, 1993, reedição Tractatus &Co, 2009), Analyser le jazz (Outre Mesure, 2009). Coordena e é autor de uma coletânea sobre a história do jazz na França, patrocinada pela Agência Nacional da Pesquisa e pela Sacem.

  • Fabiano Araújo, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

    Fabiano Araújo, pianista e compositor, desenvolve tese de doutorado sobre o jazz contemporâneo, desde 2012, na Universidade Paris-Sorbonne (Paris-IV), com bolsa CAPES, junto ao grupo JCMP-OMF (Jazz, chanson et musiques populaires – Observatoire Musical Français). É Mestre em Música pela Escola de Música da UFMG e Bacharel em Música Popular pelo Centro de Artes da UNICAMP. É Professor Assistente do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde contribuiu para a criação o curso de Bacharelado em Música, habilitação em Composição com ênfase em Trilha Musical. Lançou 4 CDs: O Aleph(2007); Calendário do Som - 9 dias(2009) de Hermeto Pascoal, gravado e publicado em Portugal, com a participação do contrabaixista norueguês Arild Andersen do baterista Alexandre Frazão (Brasil/Portugal) e do saxofonista Guto Lucena (Brasil/Portugal); Rheomusi(2011) em trio com Arild Andersen e Naná Vasconcelos, e Baobab trio (2012), com peças de Radamés Gnattali, Baden Powell além de música improvisada em trio.

Referências

BAUDOIN, Philippe. Chronologie du jazz. Paris: Outre Mesure, 2005.

CUGNY, Laurent, Analyser le jazz. Paris: Outre Mesure, 2009.

HODEIR, André. Introduction à la musique de jazz. Paris: Larousse, 1948.

NEVERS, Daniel. Django Reinhart:Troublant Boléro - 1950-1952. Integrale, v.19. Encarte de CD. Vincennes: Frémeaux & Associés/Groupe Frémeaux Colombini SA, 2004 (CD FA319.).

PANASSIÉ, Hugues. La musique de jazz et le swing. Paris: Editora Corrêa, 1945.

SIMON, Bill. Charlie Christian. In: The Jazz Makers. Org. por Nat Hentoff e Nat Shapiro. Londres: Ed. Peter Davis, 1958.

ULANOV, Barry. A history of jazz. New York: Viking, 1951.

______. Histoire du jazz. Trad. de Jean Sendy Paris: Corrëa/Buchet-Chastel, 1955.

Arquivos adicionais

Publicado

2014-11-20

Edição

Seção

Translations

Como Citar

“Flèche d’Or De Django Reinhardt: Porquê não Foi Ouvida?”. 2014. Per Musi, nº 30 (novembro): 1-5. https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/article/view/38493.