Sutileza, intensificação e inventividade

análise musical da performance do baterista Nenê em “Maracatu” de Egberto Gismonti no álbum Sanfona (1981)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2022.39810

Palavras-chave:

Bateria, Música Instrumental Brasileira, Performance Musical, Egberto Gismonti

Resumo

Este artigo apresenta uma análise musical descritiva da performance do baterista Nenê no fonograma “Maracatu” de Egberto Gismonti presente no álbum Sanfona de 1981. A sua interpretação do maracatu na referida faixa ilustra como determinados ritmos brasileiros podem ser adaptados e executados de forma criativa na bateria. Apoiado nos conceitos teóricos sobre performance musical presentes no trabalho Ingrid Monson (1996) e Nicholas Cook (2013), pretendo neste texto colocar luz sobre a inventiva interpretação desse ritmo popular na bateria no contexto da música instrumental brasileira.

Biografia do Autor

  • Christiano Lima Galvão, Universidade Estadual de Campinas

    Doutor em Música na área de Teoria, Criação e Prática pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP em 2022, mestre em música e educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO em 2015, com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ em 1996. Atua desde 1990 na área da música como baterista profissional gravando e acompanhando artistas no Brasil e no exterior. É autor dos livros Creative Brazilian Drumming, publicado nos EUA em 2010 e Grooves Brasileiros Play-Along editado em 2017. Lançou um álbum de música instrumental intitulado 1+1 (2006). Entre 2014 e 2015 atuou como artista em residência na Universidade de Michigan (EUA). Realizou workshops na Berklee College of Music (2015), Universidade de Michigan (2017) e Universidade do Tennessee (2017). Como o artista solo, se apresentou em 2017 na Percussive Arts Society International Convention (PASIC) em Indianápolis (EUA).

Referências

BASTOS, Marina Beraldo; PIEDADE, Acácio. 2006. “O desenvolvimento histórico da ‘música instrumental’, o jazz brasileiro”. In: XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música- ANPPOM. UNB. Anais...

Barreto, Almir Cortes. 2012. Improvisando em Música Popular: Um estudo sobre o choro, o frevo e o baião e sua relação com a “música instrumental” brasileira. Tese Doutorado em Música. Campinas: Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas.

Buck, Alex. 2014. CD 10112. São Paulo, Água Forte Produções.

Clarck, Eric. 2005.Ways of listening: an ecologiacl approach to the perception of musical meaning. New York: Oxford University Press.

Cook, Nicholas. 2013. Beyond the score:music as performance. New York, NY: Oxford University Press.

Cunha, Cássio. 2000. IPC. Independência polirritmia coordenada. Rio de Janeiro: Lumiar.

Demarchi, Ericson Francisco de Jesus. 2013. Apontamentos sobre a bateria e a performance de Márcio Bahia no Hermeto e grupo. Dissertação Mestrado em Música. Florianópolis: PPGM, Universidade Estadual de Santa Catarina.

Dias, Guilherme Marques. 2013. Airto Moreira: do sambajazz à música dos anos 70 (1964-1975). Dissertação Mestrado em Música. Campinas: Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas.

Discog.2019. “Egberto Gismonti & Academia de danças – Sanfona.” Disponível em: <https://www.discogs.com/pt_BR/Egberto-Gismonti-Academia-De-Danças-Sanfona/release/3482428> Acesso em: 12 jun.2019.

Doezima, Bob. 1986. Arranging 1 workbook. Boston: Berklee College of Music.

Galvão, Zequinha.1998. Prática de bateria. Rio de Janeiro: Lumiar.

Guerra Peixe, Cesar. 1980. Maracatus do Recife. São Paulo: Irmãos Vitale; Recife: FCCR.

GUILLEN, Isabel Cristiana Martins. 2007. “Guerra Peixe e os maracatus no Recife: trânsitos entre gêneros musicais (1930-1950)”. ArtCultura, v.9, n.14: 235-251.

Marques, Guilherme; Hashimoto, Fernando. 2017. “A performance singular do baterista Nenê na música Alexandre, Marcelo e Pablo”. In: I Congresso Brasileiro de Percussão - UNICAMP. Anais....

Monson, Ingrid. 1996. Saying Something: Jazz improvisation and interpretation. Chicago: The University of Chicago Press.

McClary, Susan. 1991. Feminine edings: music, gender and sexuality. Minneapolis: University of Minnesota.

Nenê. 2017. “Biografia Nenê”. Disponível em: < http://www.comum.com/nene/biografia.htm>. Acesso em: 22 ago. 2019.

ROCCA, Edgard. 1985. Ritmos brasileiros e seus instrumentos de percussão. Com adaptações para bateria. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Música/Europa Empresa Gráfica Editora.

Santos, Climério de Oliveira; Resende, Tarcísio. 2005. Batuque book maracatu: baque solto e baque virado. Recife: Ed. Do Autor.

Silva, Raphael Ferreira da. 2016. “Improvisação e interação na “Escola Jabour””. Tese Doutorado em Música. Campinas: Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas.

Tiné, Paulo; Gomes, Vinícius. 2015. “O maracatu de Egberto Gismonti”. In: XXV Congresso da Associação Nacional de pesquisa e pós-graduação em música. Anais....

Publicado

2022-06-21

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“Sutileza, intensificação E Inventividade: Análise Musical Da Performance Do Baterista Nenê Em ‘Maracatu’ De Egberto Gismonti No álbum Sanfona (1981) ”. 2022. Per Musi, nº 42 (junho): 1-21. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2022.39810.

Artigos Semelhantes

1-10 de 363

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.