Chovendo na roseira de Tom Jobim

uma abordagem schenkeriana

Autores

Palavras-chave:

Chovendo na roseira, Tom Jobim, Análise schenkeriana

Resumo

O presente artigo examina a canção Chovendo na roseira, de Antônio Carlos Jobim, focando as relações estruturais aprofundadas existentes entre melodia, harmonia e forma. Isso é realizado através do método da análise schenkeriana, que recebe aqui algumas adaptações, de maneira a se ajustar apropriadamente às características dessa peça específica. Como resultado do processo analítico observa-se uma integração consistente e hierarquizada entre diversosfenômenos melódico-harmônicos presentes na superfície musical e em camadas estruturais internas, revelando relações inusitadas para uma peça de música popular. É especificamente marcante a onipresença do intervalo de quarta justa, infiltrado nos mais diversos aspectos da construção musical, em todos os níveis estruturais observados.

Biografia do Autor

  • Carlos de Lemos Almada, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

    Flautista, compositor, arranjador, professor e autor de livros sobre teoria musical e análise (“Arranjo”, Editora da Unicamp, 2000, “A estrutura do choro”, Editora Da Fonseca, 2006 e “Harmonia funcional”, Editora da Unicamp, 2009). É doutorando em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, cuja pesquisa visa a análise da estrutura harmônica da Primeira Sinfonia de Câmara, op.9, de Arnold Schoenberg, dando continuidade a estudo realizado sobre a estrutura formal da mesma obra, durante o mestrado. Atualmente é professor de Harmonia e Análise na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Referências

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Publicado

2010-07-05

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“Chovendo Na Roseira De Tom Jobim: Uma Abordagem Schenkeriana”. 2010. Per Musi, nº 22 (julho): 1-8. https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/article/view/44471.