O Espetáculo das Pompas Fúnebres

O Réquiem de 1816 de José Maurício Nunes Garcia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2019.5310

Palavras-chave:

Espetacularização do poder, Pompas fúnebres, Réquiem

Resumo

George Balandier em sua obra Poder em Cena (2009) afirma que as formas de poder se representam por meio da espetacularização de seus rituais configurando uma “teatrocracia” ou conjunto performático de manifestações que lhe devolve uma imagem idealizada de si e para outrem. No mundo Luso-Brasileiro e no Brasil, durante os dois períodos imperiais, foi recorrente a realização de pompas fúnebres, efemérides que ao mesmo tempo em que funcionavam como pedagogia para o “bem morrer” e se afirmava como representação de poder. Na construção do espetáculo da morte destacava-se a arte efêmera visual e sonora. Nesta última, destaca-se as Missas de Réquiem. Em foco neste artigo, o Réquiem de 1816 de autoria do Padre José Maurício Nunes Garcia, composto para as exéquias da Rainha Dona Maria I, progenitora de Dom João VI. Objetiva-se aqui situar e problematizar essa obra como imagem sonora da morte e seu lugar nos espaços de performance nos tempos joaninos.

Biografia do Autor

  • Ana Guiomar Rêgo Souza, Universidade Federal de Goiás, Brasil

    Doutora em História Cultural pela Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Música pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Bacharel em Piano pela UFG. Professora associada da UFG, lotada na Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC). Leciona na Graduação, no Programa de Pós-graduação stricto sensu em Música e no curso de Especialização em Artes Intermidiáticas da EMAC/UFG. Foi coordenadora do curso de Licenciatura em Música por cinco anos, coordenadora do Curso de Especialização em Ensino da Música e Processos Interdisciplinares em Artes. É atualmente Diretora da EMAC/UFG. Coordena o “Laboratório de Musicologia Braz Wilson Pompeu de Pina Filho”. Foi colaboradora externa do CEMEM / UFRJ - Centro de Estudos em Musicologia e Educação Musical da UFRJ. Integra a Comissão Científica do NÚCLEO CARAVELAS - Centro de Pesquisas em História da Música Luso-Brasileira / CESEM/Universidade Nova de Lisboa e o Corpo Editorial da REVISTA UFG. É orientadora no Programa de Pós-graduação em Música da EMAC/UFG e  coorientadora convidada no Programa de Pós-graduação do Departamento de Música da Universidade de Évora (Mestrado e Doutorado). Preside o Simpósio Internacional de Musicologia e o Festival Internacional de Música da EMAC/UFG. Atua como pesquisadora na linha “Musicologia", com foco nas temáticas "Músicas e Festas no Brasil" e  " Patrimõnio Musical e Arquivístico do Laboratório de Musicologia da  EMAC/UFG (LABMUS/EMAC) tendo organizado livros, publicado capítulos de livros, revistas científicas e anais, tanto na área de Música como na área de História Cultural. Integra o “Núcleo de Pesquisas e Produção Cênico Musical” da EMAC/UFG, produzindo óperas e musicais resultantes de pesquisas históricas e musicológicas. Em 2016 recebeu do Governo do Estado de Goiás e do Conselho Estadual do Estado de Goiás a Medalha do Mérito Cultural pelo importante contribuição à cultura goiana na área da música.

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Publicado

2019-08-26

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“O Espetáculo Das Pompas Fúnebres: O Réquiem De 1816 De José Maurício Nunes Garcia”. 2019. Per Musi, nº 39 (agosto): 1-22. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2019.5310.

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