A comparação das análises sob o ponto de vista semiológico
a propósito do tema da Sinfonia em Sol menor, K. 550, de Mozart
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-6377.2003.55783Palavras-chave:
Epistemologia, metodologia, semiologia, análise comparativa, MozartResumo
O objetivo deste artigo é classificar e comparar algumas das mais importantes análises do tema da Sinfonia em Sol menor, K. 550, de Mozart: Abert, Schenker, Réti, Cooke, Stefani, Lerdahl et Jackendoff. Para isto, uma tipologia das análises é apresentada: a distinção é feita entre as análises de orientação semântica e as análises imanentes. Esta última é por sua vez dividida em dois grupos: as análises taxionômicas e as análises lineares. A comparação das análises é, a seguir, empreendida de acordo com três questões: a análise é conduzida sobre a base de uma metodologia explícita? O modelo faz aparecer, na obra, uma hierarquia de níveis? Qual é a pertinência semiológica da análise (aqui é feita referência à teoria da tripartição que distingue entre os níveis poiético, neutro e estésico)? O liame que pode ser estabelecido entre estas análises e a execução da sinfonia é abordado, quando isto se faz pertinente. Como conclusão, é proposto superpor-se as “linhas” de análise, visando facilitar a comparação.
Referências
ABERT, H. W. A. Mozart. Leipzig : Breitkopf und Härtel, 1923-4. p. 479-490. vol. II. Trad. inglesa in Broder, 1967. p. 69-83.
BENT, I. „Analysis“, in The New Grove Dictionary of Music and Musicians, S. Sadie ed., 1980. p. 340-388. vol I. Reimpressão revista e modificada: Analysis. The Norton/Grove Handbooks in Music. New York, London: Norton, 1987.
BERNSTEIN, L. The Unanswered Question. Cambridge: Harvard University Press, 1976.
BRODER, N. Mozart : Symphony in G Minor, K. 550. New York: Norton, Norton Critical Scores, 1967.
COOK, N. A Guide to Musical Analysis. Londres: Dent, 1987.
COOKE, D. The Language of Music. Londres: Oxford University Press, 1959.
DE VOTO, M. “Analysis”, in The New Harvard Dictionary of Music, D. Randel ed. Cambridge: Harvard University Press, 1986. p. 37-38.
DUNSBY, J., WHITTALL, A. Music Analysis in Theory and Practice. London: Faber, 1988.
FÉTIS, F.J. [Compte-rendu de concert, Paris, 11 mai 1828], Revue musicale, vol. III, 1828. p. 372.
IMBERTY, M.: Entendre la musique. Paris: Dunod, 1979.
IMBERTY, M. Les écritures du temps. Paris: Dunod, 1981.
KERMAN, J. Contemplating Music. Cambridge: Harvard University Press, 1985.
LERDAHL, F., JACKENDOFF, R. A Generative Theory of Tonal Music. Cambridge: IT Press, 1983.
MARTY, J.P. The Tempo Indications of Mozart. New Haven-London: Yale University Press, 1988.
MEYER, L. Explaining Music. Berkeley: University of California Press, 1973.
MILA, M. Le sinfonie di Mozart. Turin: Giappichelli, 1967.
MOLINO, J. « Fait musical et sémiologie de la musique ». Montréal: Musique en jeu, n. 7, janvier 1975, p. 7-62.
NARMOUR, E. Beyond Schenkerism. Chicago: Chicago University Press, 1977.
NATTIEZ, J.-J., HIRBOUR-PAQUETTE, L. « Analyse musicale et sémiologie : à propos du prélude de Pelléas ». Montréal : Musique en jeu, n. 10, mars 1973, p. 42-69.
NATTIEZ, J.-J. Fondements d’une sémiologie de la musique. Paris: Union Générale d’Editions, 1975. p. 10-18.
NATTIEZ, J.-J. Musicologie générale et sémiologie. Paris : Christian Bourgois éditeur, 1987. Trad. inglesa. Music and Discourse. Princeton : Princeton University Press, 1990.
NATTIEZ, J.-J. “Musica e significato”, in Nattiez, J.-J. (ed.). Enciclopedia della Musica, II - Il sapere musicale. Torino : Einaudi, 2002a. p. 206-238.
NATTIEZ, J.-J. « O modelo tripartite de semiologia musical : o exemplo de La Cathédrale engloutie, de Debussy ». In :Debates, UNIRIO, n. 6, nov. 2002, 2002b. p. 7-39.
OULIBICHEFF, A. Nouvelle biographie de Mozart. Moscou: 1843. Trad. inglesa de um excerto in Broder, 1967. p. 105-9.
REICHA, A . Traité de mélodie. Paris: Scherff, 1814.
RÉTI, R. The Thematic Process in Music. London: Faber, 1951.
RUWET, N. « Méthodes d’analyse en musicologie », Revue belge de musicologie, 1966. pp. 65-90. vol. XX. Reimpressão in Ruwet 1972, p. 100-134.
RUWET, N. Musique, langage, poésie. Paris : Seuil, 1972.
SCHENKER, H. Das Meisterwerk in der Musik, vol. II. Munich: Drei Masken Verlag, 1926. Reed. Hildesheim - New York: Georg Olms Verlag, 1974.
SCHRADE, L. Vom Nachleben Mozarts. Berne, Munich: 1964.
SCHUMANN, R. Gesammelte Schriften, 5. ed., vol 1. Kreisig: 1914.
SMISMANS-DELIEGE, I. Les règles préférentielles de groupement dans la perception musicale. Mémoire de licence. Bruxelles: Université libre de Bruxelles, 1985.
STEFANI, G. Introduzione alla Semiotica della Musica. Palerme: Sellerio Editore, 1976.
TOVEY, D. “Sonata Form”, in Encyclopedia Britannica, 11. ed., vol. XXV. New York: 1911.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2003 Per Musi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Exceto onde está indicado, o conteúdo neste site está sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.