Análise Teórica e Epistemológica de Jogos para o Ensino de Química Publicados em Periódicos Científicos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u747774

Palabras clave:

jogos em ensino de química, teorias de ensino e aprendizagem, periódicos científicos

Resumen

Nos últimos anos houve um aumento considerável no número de publicações envolvendo a aplicação de jogos para o ensino de Química. No entanto, tais publicações não vêm necessariamente acompanhadas de referenciais teóricos adequados, ou, quando utilizados, não se relacionam diretamente com questões de ensino e aprendizagem. Dessa forma, pretendemos analisar uma série de artigos científicos de diversas revistas, entre os anos 2000–2016, no sentido de desvelar a utilização de referenciais teóricos de ensino e aprendizagem e a partir desta análise, verificar como os jogos vêm sendo estruturados, tanto em relação aos referenciais adotados, quanto à preocupação com a aprendizagem dos alunos. Os resultados apontam para a necessidade de se discutir o papel do jogo enquanto metodologia de ensino e aprendizagem, pois a utilização de referenciais epistemológicos ainda é muito incipiente, sendo que poucos conceitos teóricos são explorados pelos pesquisadores. A grande maioria dos jogos utilizam os referenciais epistemológicos como metodologia de aprendizagem, pois tais concepções são elencadas com objetivo de confirmar os conceitos trabalhados nas aulas expositivas, o que não tem contribuído para a aprendizagem dos alunos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Aguiar Jr., O. (1999). As três formas da equilibração: análise do material didático de um curso de eletricidade básica. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 16(1), 72–91.

Benedetti Filho, E., Fiorucci, A. R., Benedetti, L. P. S., & Craveiro, J. A. (2009). Palavras cruzadas como recurso didático no ensino de teoria atômica. Química Nova na Escola, 31(2), 88–95.

Castro, D. L. de, Dionízio, T. P., & Silva, I. G. (2015). Na trilha dos Elementos Químicos: o Ensino de Química através de uma atividade lúdica. Revista Brasileira de Ensino de Química. 10(1), 46–58.

Cavalcanti, E. L. D., & Soares, M. H. F. B. (2009). O uso do jogo de roles (roleplaying game) como estratégia de discussão e avaliação do conhecimento químico. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 8(1), 255–282.

Cleophas, M. das G., Cavalcanti, E. L. D., & Soares, M. H. F. B. (2018). Afinal de contas, é jogo educativo, didático ou pedagógico no ensino de Química/Ciências? Colocando os pingos nos “is”. In M. das G., Cleophas, & M. H. F. B. Soares (Org.), Didatização Lúdica no Ensino de Química/Ciências (pp. 33–62). São Paulo, SP: Livraria da Física.

Costa, M. A., & Miranda, A. L. N. (2016). Uma atividade lúdica com aplicação do jogo Lince para o Ensino de Química: reconhecimento das vidrarias presentes no laboratório. Revista Brasileira de Ensino de Química, 11(1), 68–73.

Duflo, C. (1999). O jogo: de Pascal a Schiller. Porto Alegre: Artes Médicas.

Elkonin, D. B. (2009). Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes.

Ferreira, V. R. F. (2016). O Movimento Escoteiro e a Educação não formal no ensino e aprendizagem de conceitos químicos. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Ferreira, W. M., & Nascimento, S. P. F. (2014). Utilização do jogo de tabuleiro - ludo - no processo de avaliação da aprendizagem de alunos surdos. Química Nova na Escola, 36(1), 28–36.

Flick, I. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed.

Focetola, P. B. M., Castro, P. J., Souza, A. C. J., Grion, L. S., Pedro, N. C. S., Iack, R. S., Almeida, R. X., Oliveira, A. C., Barros, C. V. T., Vaitsman, E., Brandão, J. B., Guerra, A. C. O., & Silva, J. F. M. (2012). Os Jogos Educacionais de Cartas como Estratégia de Ensino em Química. Química Nova na Escola, 34(4), 248–255.

Garcez, E. S. C. (2014). O Lúdico em Ensino de Química: um estudo estado da arte. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática), Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Giacomini, R. A., Miranda, P. C. M. L., Silva, A. S. K. P., & Ligiero, C. B. P. (2006). Jogo Educativo Sobre a Tabela Periódica Aplicado no Ensino de Química. Revista Brasileira de Ensino de Química, 1(1), 61–76.

Godoi, T. A. F., Oliveira, H. P. M., & Codognoto, L. (2010). Tabela Periódica – Um Super Trunfo para Alunos do Ensino Fundamental e Médio. Química Nova na Escola, 32(1), 22–25.

Groos, K. (1902). Le jeu des animaux. Paris: Paris.

Kishimoto, T. M. (2011a). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Editora Cortez.

Kishimoto, T. M. (2011b). O brincar e suas teorias. São Paulo: Editora Cengage Learning.

Leite, L. M., & Rotta, J. C. G. Digerindo a Química Biologicamente: a ressignificação de conteúdos a partir de um jogo. Química Nova na Escola, 38(1), 12–19.

Lüdke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU.

Messeder Neto, H. S., Pinheiro, B. C. S., & Roque, N. F. (2013). Improvisações Teatrais no Ensino de Química: Interface entre Teatro e Ciência na Sala de Aula. Química Nova na Escola, 35(2), 100–106.

Messeder Neto, H. S. (2016). O lúdico no ensino de Química na Perspectiva Histórico-Cultural: além do espetáculo, além da aparência. Curitiba: Editora Prismas.

Olivares, I. R. B., Costa, D. L. L. B., & Queiroz, S. L. (2011). Jogos de Empresa: aplicação à gestão da qualidade no Ensino Superior de Química. Química Nova, 34(10), 1811–1817.

Oliveira, J. S., Soares, M. H. F. B., & Vaz, W. F. (2015). Banco Químico: um Jogo de Tabuleiro, Cartas, Dados, Compras e Vendas para o Ensino do Conceito de Soluções. Química Nova na Escola, 37(4), 285–293.

Oliveira, A. S., & Soares, M. H. F. B. (2005). Júri Químico: uma atividade lúdica para discutir conceitos Químicos. Química Nova na Escola, 21, 18–24.

Passos, I. N. M., & Ribeiro, K. D. F. (2012). Quest Química: um jogo como ferramenta na abordagem e aprimoramento do conhecimento químico. Revista Brasileira de Ensino de Química, 7(2), 47–60.

Piaget, J. (1978). A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Piaget, J. (2014). Relações entre a Afetividade e a Inteligência no Desenvolvimento Mental da Criança. Rio de Janeiro: Wak Editora.

Porto, M. G. C. (2015). Jogo, TIC e ensino de química: Uma proposta pedagógica. 2015. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática). Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.

Rezende, F. A. de M. (2017). Jogos no ensino de Química: um estudo sobre a presença/ausência de teorias de ensino e aprendizagem à luz do V Epistemológico de Gowin. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Rodríguez, F. P. (2007). Competencias comunicativas, aprendizaje y enseñanza de las Ciencias Naturales: un enfoque lúdico. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. 6(2), 275–298.

Roque, N. F. (2007). Química por meio do teatro. Química Nova na Escola, 25, 27–29.

Santos, A. P. B., & Michel, R. C. (2009). Vamos jogar uma SueQuímica? Química Nova na Escola, 31(3), 179–183.

Santos, J. S., Silva, D. M., Silva, A. F. C., Oliveira, J. J. S., & Silva, A. B. (2012). Aplicação de um Jogo Didático (Ludo) Explorando o Conteúdo da Tabela Periódica no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Química, 7(2), 61–68.

Saturnino, J. C. S. F., Luduvico, I., & Santos, L. J. (2013). Pôquer dos Elementos dos Blocos s e p. Química Nova na Escola, 35(3), 174–181.

Silva, B., Cordeiro, M. R., & Kiill, K. B. (2015). Jogo Didático Investigativo: Uma Ferramenta para o Ensino de Química Inorgânica. Química Nova na Escola, 37(1), 27–34.

Soares, M. H. F. B. (2015). Jogos e Atividades Lúdicas para o Ensino de Química. 2. ed. Goiânia: Kelps.

Soares, M. H. F. B., & Cavalheiro, E. T. G. (2006). O ludo como um jogo para discutir conceitos em Termoquímica. Química Nova na Escola, 23, 27–31.

Tasca, R. A., Tubino, M., & Simoni, J. de A. (2007). Dois jogos que auxiliam no entendimento da Tabela Periódica. Revista Brasileira de Ensino de Química. 2(1), 69–75.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Vaz, W. F., & Soares, M. H. F. B. (2008). O ensino de Química para adolescentes em conflito com a lei: possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. 8(3), 123.

Vigotski, L. S. (2007). A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista de Gestão de Iniciativas Sociais, Rio de Janeiro, 11, 23–36.

Publicado

2019-12-12

Cómo citar

Soares, M. H. F. B., & Rezende, F. A. de M. (2019). Análise Teórica e Epistemológica de Jogos para o Ensino de Química Publicados em Periódicos Científicos. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 19, 747–774. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u747774

Número

Sección

Artigos