A educação de jovens e adultos no contexto da formação de professores de Biologia
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2020.20389Palavras-chave:
Formação Docente, Educação em Ciências, Educação de Jovens e Adultos, Componente curricularResumo
O artigo relata o processo de criação e implementação de uma disciplina que trata da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecida em um curso de Ciências Biológicas – Licenciatura. O relato toma como ponto de partida a demanda de formar professores de Biologia para a EJA e, a partir disso, apresenta a criação de uma disciplina de EJA que se deu no conjunto de atividades ligadas à reformulação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Quanto ao processo de implementação, são destacados as unidades didáticas e os objetivos; o processo de avaliação; e a percepção dos estudantes sobre as atividades desenvolvidas durante a disciplina. Fica sinalizada a necessidade de a EJA integrar parte da formação de professores de Biologia e espera-se que o relato motive o desenvolvimento de outras experiências.
Referências
ALVES, Thiago et al. Jovens e adultos não escolarizados: uma multidão de invisíveis. In: OLIVEIRA, Edna Casto et al. (org.). Educação de jovens e adultos: trabalho e formação humana. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014. p. 167-190.
ARROYO, Miguel. Balanço da EJA: o que mudou nos modos de vida dos jovens-adultos populares? REVEJ@ – Revista de Educação de Jovens e Adultos, Belo Horizonte, v. 1, n. 0, p. 5-19, ago. 2007.
BERTOGLIO, Diana Schuch. Estratégias pedagógicas para o ensino de ciências na EJA incluindo atividades em um museu interativo. 2013. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 23 dez. 1996.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB 11/2000, de 9 de junho de 2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 9 jun. 2000.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 1/2002, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 19 fev. 2002.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 02 jul. 2015.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2019, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 10 fev. 2020.
COSTA, Lorenna Silva Oliveira. Análise da elaboração conceitual nos processos de ensino-aprendizagem em aulas de química para jovens e adultos: por uma formação integrada. 2010. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2010.
COSTA, Lorenna Silva Oliveira; ECHEVERRÍA, Agustina Rosa. Contribuições da teoria sócio-histórica para a pesquisa sobre a escolarização de jovens e adultos. Ciência & Educação, Bauru, v. 19, n. 2, p. 339-357, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132013000200008
COSTA, Rita Mara Reis. Conversando nas aulas de ciências: um diálogo entre educomunicação e abordagem temática na EJA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
DANTAS, Aline Cristina. Fóruns de EJA: mobilização na luta pelo direito à educação de jovens e adultos. In: Anais do 17º Congresso de Leitura do Brasil. Campinas: ALB, 2009, p. 45.
HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 14, p. 108-130, mai. /ago. 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782000000200007
HADDAD, Sérgio; SIQUEIRA, Filomena. Analfabetos entre os jovens e adultos no Brasil. Revista Brasileira de Alfabetização, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 88-110, 2016. DOI: https://doi.org/10.47249/rba.2015.v1.81
MACHADO, Maria Margarida. Política Educacional para Jovens e Adultos: a experiência do PROJETO AJA (93/96) na Secretaria Municipal da Educação de Goiânia. 1997. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar Brasileira) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 1997.
MACHADO, Maria Margarida. Formação de professores para EJA: uma perspectiva de mudança. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p. 161-174, jan./dez. 2008. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v2i2/3.133
MACHADO, Maria Margarida. A educação de jovens e adultos no Brasil pós-Lei nº 9.394/96: a possibilidade de constituir-se como política pública. Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 82, p. 17-39, nov. 2009. DOI: http://dx.doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.22i82.%25p
MACHADO, Maria Margarida; RODRIGUES, Maria Emília de Castro. A EJA na próxima década e a prática pedagógica do docente. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 8, n. 15, p. 383-395, jul./dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v8i15.448
MOTA, Diego. Formação de professores de Educação Física para atuar na educação de jovens e adultos. 2019. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.
MURÇA, Jenyffer Soares Estival et al. As licenciaturas em Ciências Biológicas no estado de Goiás: silêncios que perpassam o perfil profissional do professor para a educação de jovens e adultos. In: V Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino, Goiânia 2013.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. In: BRASIL. Educação como exercício de diversidade. Brasília: UNESCO, MEC, ANPEd, 2005. p. 61-84.
PAIVA, Jane. Imaginando uma EJA que atenda a demandas de cidadania, equidade, inclusão e diversidade. Currículo sem Fronteiras, Uberlândia, v. 19, n. 3, p. 1142-1158, set./dez. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.35786/1645-1384.v19.n3.20
PEREIRA, Marsílvio Gonçalves; OLIVEIRA, Júlio César Rufino Ramos; FERREIRA, Thiago dos Santos. Análise da pesquisa em educação em ciências e ensino de biologia sobre educação de jovens e adultos (EJA) em periódicos brasileiros. Revista Insignare Scientia, Cerro Largo, v. 2, n. 2, p. 100-114, 16 set. 2019. DOI: https://doi.org/10.36661/2595-4520.2019v2i2.10817
PARANHOS, Rones de Deus. A relação entre a educação ambiental e a educação de jovens e adultos. 2009. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2009.
PARANHOS, Rones de Deus. O ensino de ciências na educação de jovens e adultos: uma análise sob o viés da pedagogia histórico-crítica. In: PIRES, Luciene de Assis; SOUZA, Marta João Francisco Silva; DIOGO, Rodrigo Claudino. Ensino de ciências e matemática: do mundo das ideias à sala de aula. Goiânia: Editora IFG, 2016. p. 59-70.
PARANHOS, Rones de Deus. Ensino de Biologia na educação de jovens e adultos: o pensamento político-pedagógico da produção científica brasileira. 2017. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
PARANHOS, Rones de Deus; CARNEIRO, Maria Helena da Silva. Ensino de Biologia para a educação de jovens e adultos: desafios para uma formação que proporcione o desenvolvimento humano. Revista EJA em Debate, Florianópolis, v. 8, n. 14, p. 1-24, 2019.
PARANHOS, Rones de Deus; FIRMINO, Simone Gomes. Professor, onde eu encontro células no meu corpo? – as necessidades formativas do professor para atuar na EJA. In: GUIMARÃES, Simone Sendin Moreira; PARANHOS, Rones de Deus; SILVA, Karolina Martins Almeida. A formação de professores de Biologia: dos desa(fios) da trama. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013. p. 87-105.
PARANHOS, Rones de Deus; SHUVARTZ, Marilda. A relação entre a educação ambiental e a educação de jovens e adultos sob a perspectiva da trajetória dos educadores. Contexto & Educação, Unijuí, v. 28, n. 91, p. 84-105, 2013. DOI: https://doi.org/10.21527/2179-1309.2013.91.84-105.
SANTOS, Sayonara Martins. O diálogo como estratégia na formação inicial de professores de Ciências/Biologia. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2015.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica. 11. ed. Campinas: Autores Associados, 2013.
SOARES, Leôncio. A formação inicial do educador de jovens e adultos: um estudo da habilitação de EJA nos cursos de Pedagogia. In: XXVIII REUNIÃO DA ANPED. Caxambu, 2005.
SOARES, Leôncio. Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica/SECAD‐MEC/UNESCO, 2006.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura. Resolução CEPEC nº 1527 de 13 de julho de 2017. Aprova o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Ciências Biológicas, grau acadêmico Licenciatura, modalidade presencial, do Instituto de Ciências Biológicas da Regional Goiânia, para os alunos ingressos a partir de 2015. Goiânia, 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, RESOLUÇÃO - CEPEC nº 1557R de 29 de novembro de 2019. Regulamento Geral dos Cursos de Graduação (RGCG) da Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2019.
VENTURA, Jaqueline. A EJA e os desafios da formação docente nas licenciaturas. Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 21, n. 37, p. 71-82, jan./jun. 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2012.v21.n37.p%25p
VENTURA, Jaqueline. Educação ao longo da vida e organismos internacionais: apontamentos para problematizar a função qualificadora da Educação de Jovens e Adultos. Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos, Salvador, v. 1, n. 1, p. 29-44, 2013.
VENTURA, Jaqueline; BOMFIM, Maria Inês. Formação de professores e educação de jovens e adultos: o formal e o real nas licenciaturas. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, n. 2, p. 211-227, abr./ jun. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698127011
VILANOVA, Rita; MARTINS, Isabel. Educação em Ciências e educação de jovens e adultos: pela necessidade do diálogo entre campos e práticas. Ciência & Educação, Bauru, v. 14, n. 2, p. 331-346, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132008000200011.
VIÑAL-JR, José Veiga; MIRANDA, Helga Porto. Formação do professor para a educação de jovens e adultos: a importância do processo formativo na perspectiva emancipatória. Revista Cocar, Belém, v. 13, n. 27, p. 473-501, set./dez. 2019.
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000400002
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Política de acesso aberto:
A Revista Docência do Ensino Superior é um periódico de Acesso Aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou sua instituição. Os usuários podem ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou vincular os textos completos dos artigos, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal, sem solicitar permissão prévia do editor ou do autor, desde que respeitem a licença de uso do Creative Commons utilizada pelo periódico. Esta definição de acesso aberto está de acordo com a Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste (BOAI).