Qualidade de vida em adolescentes relacionada a sexo, renda familiar e prática de atividade física
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20190093Palavras-chave:
Qualidade de Vida, Exercício, Adolescente, Sexo, RendaResumo
Objetivo: avaliar a autopercepção de adolescentes sobre a sua qualidade de vida e a relação entre a qualidade de vida e sexo, renda familiar e prática de atividades físicas. Métodos: estudo epidemiológico, transversal e analítico. Pesquisaram-se 633 adolescentes de 10 a 16 anos, do ensino público fundamental e médio. A coleta dos dados foi realizada no mês de agosto de 2016. O instrumento KIDSCREEN27 foi usado para determinar a qualidade de vida. Foram coletados dados sociodemográficos e sobre prática de atividades físicas. A análise foi feita por estatística descritiva, análise bivariada e usadas tabelas com valores absolutos e relativos. Aplicaram-se os testes ANOVA um fator, teste T de Student e H de Kruskal-Walis. Resultados: os adolescentes tinham, em média, 13,82 anos, maioria do sexo feminino, cor/raça parda, cursando o primeiro ano do ensino médio e com renda familiar de até três salários mínimos. Aproximadamente 60% eram sedentários e, entre os que realizavam alguma atividade física, faziam-na em dois ou três dias na semana. Houve associação estatisticamente comprovada (p<0,001) para maiores médias de escore de qualidade de vida entre os participantes que realizavam atividade física. As médias dos escores KIDSCREEN27 foram maiores no sexo masculino, com associação estatisticamente comprovada, com exceção dos domínios suporte social e grupo de pares e ambiente escolar. Conclusões: constastou-se que os adolescentes do sexo feminino apresentaram percepção inferior quanto à sua qualidade de vida e que a realização de atividades físicas é um fator importante para o incremento dessa percepção.
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