Conhecendo os motivos da não adesão às ações educativas em saúde
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20130037Palavras-chave:
Educação em Saúde, Cooperação do Paciente, Promoção da SaúdeResumo
O presente estudo apresenta um desdobramento das atividades realizadas por um grupo de estudantes, tutores e preceptores, que compõe uma proposta do Projeto PET-Saúde da Faculdade de Medicina de Marília em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Marília. Tendo como proposta analisar os motivos da não adesão de uma comunidade às ações educativas, foram realizadas nove entrevistas com usuários que, convidados para ações educativas em grupo, não compareceram. As entrevistas foram gravadas e transcritas. A análise dos dados possibilitou a elaboração de três núcleos de sentido, os quais revelaram a dificuldade em exercer a cidadania e incompatibilidade com os desejos e possibilidades da comunidade; o desinteresse da população e a ênfase no modelo biomédico permeando as ações de saúde e indicações para desenvolver tais ações. Frente aos desafios a serem enfrentados ao se vislumbrarem mudanças no modelo de atenção, acredita-se na necessidade de rever o processo de trabalho da equipe e reconhecer que as mudanças acontecem de forma lenta e gradual.Referências
Alves VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da
Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial.
Interface Comunic Saúde Educ. 2005; 9(16):39-52.
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da família: uma estratégia para a
reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde; 1997
Lopes MLS, Almeida MJ. Participação popular e controle social: a experiência
de Londrina. Espaço Saúde. 2001;2(2).
Aerts D.. Promoção de saúde: a convergência entre as propostas de vigilância
da saúde e da escola cidadã. Cad Saúde Pública. 2004; 20(4):1020-8.
Schall VT, Struchiner M. Educação em saúde: novas perspectivas. Cad Saúde
Pública 1999; 15(2):S4-6.
Silveira LMC, Ribeiro VMB. Grupo de adesão ao tratamento: espaço de
“ensinagem” para profissionais de saúde e pacientes. Interface Comunic
Saúde Educ. 2004; 9(16):91-104.
Da Matta R. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 1991.
Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes;
Gomes R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In:
Minayo MCS, Deslandes SF, Gomes R, organizadores. Pesquisa social: teoria,
método e criatividade. Petrópolis: Vozes; 2007. p. 79-108.
Matumoto S. Encontros e desencontros entre trabalhadores e usuários na
saúde em transformação: um ensaio cartográfico do acolhimento [tese].
Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2003.
Crevelim MA. Participação da comunidade na equipe de saúde da família:
é possível estabelecer um projeto comum entre trabalhadores e usuários?
Cienc Saúde Coletiva. 2005; 10(2)323-31.
Carvalho MCAA. Participação social no Brasil hoje. São Paulo: Polis; 1998.
Spinato IL, Monteiro LZ, Santos ZMSA. Adesão da pessoa hipertensa ao
exercício físico: uma proposta educativa em saúde Texto Contexto Enferm.
; 19(10):256-64.
Nunes MO, Trad LB, Almeida BA, Homem CR, Melo MCIC. O agente
comunitário de saúde: construção da identidade desse personagem híbrido
e polifônico. Cad Saúde Pública 2002; 18(6):1639-46.
Reiners AAO, Azevedo RCS, Vieira MA. Produção bibliográfica sobre adesão/
não adesão de pessoas ao tratamento de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;
(Sup 2):2299-306.
Renovato RD, Bagnato MHS. Práticas educativas em saúde e a constituição
de sujeitos ativos. Texto Contexto Enferm. 2010; 19(3): 554-62.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Reme: Revista Mineira de Enfermagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.