Competência em comunicação interpessoal no trabalho de enfermeiros em ambiente hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415.2762.20210041Palavras-chave:
Comunicação em Saúde, Profissionais de Enfermagem, Papel do Profissional de Enfermagem, Relações Interpessoais, Saúde do TrabalhadorResumo
Objetivo: associar a competência em comunicação interpessoal ao perfil clínico e os aspectos relacionados ao trabalho dos enfermeiros. Método: estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 152 enfermeiros de um hospital universitário em João Pessoa, Paraíba, Brasil. Os dados foram coletados mediante a utilização de um instrumento para obtenção dos dados sociodemográficos, condições de saúde e aspectos relacionados ao trabalho e da Escala de Competência em Comunicação Interpessoal. Foram realizados os testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para avaliar associação/preditores. Resultados: os enfermeiros apresentaram médias elevadas de competência em comunicação interpessoal (61,50±7,31). Foram observadas associações significativas (p≤0,05) entre a competência em comunicação interpessoal e as variáveis prática de atividade física (p=0,027), consumo de bebidas alcoólicas (p=0,002), doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (p=0,001), transtornos mentais e comportamentais (p=0,021), uso de analgésicos (p=0,001), anti-inflamatórios (p=0,001), medicamentos que atuam no sistema digestivo (p=0,003) e treinamento (p=0,031). Conclusão: a competência em comunicação interpessoal é influenciada pelas condições de saúde dos enfermeiros e pelas características do trabalho desempenhado.
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