Reflexôes à luz do pensamento de Giorgio Agamben, Roberto Esposito e Zygmunt Bauman sobre o adolescente negro e pobre no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2018.5100Palavras-chave:
Estado de exceção, Homo sacer, Communitas, Modernidade Líquida, AdolescentesResumo
Este artigo pretende analisar à luz de conceitos de Agamben, Esposito e Bauman a situação dos adolescentes negros, pobres e periféricos do Estado do Rio de Janeiro, por muitos considerados inimigos públicos, numa sociedade que busca cada vez mais minimizar o contato entre os desiguais em tempos de modernidade líquida. A fim de poupar a interação entre estranhos que tem chance de se encontrar, a comunidade marcada pela falta de vínculo explicitada por roberto esposito, em communitas, aniquila o outro de variadas formas. Através da realidade destes adolescentes, nota-se que tal aniquilação dá-se de distintos modos sob a perspectiva do permanente estado de exceção, apregoado por Giorgio Agamben, passando pelo isolamento em suas comunidades, rotina de violação de direitos e rotulação como inimigo público. Este último justifica para determinada parcela da sociedade, assim como era para a figura do homo sacer, que estas vidas sejam ceifadas em nome de questões de segurança pública.
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