Tecnologias digitais: reflexões sobre usos e excessos ilustradas pelos quadrinhos de Andre Dahmer
DOI:
https://doi.org/10.17851/1983-3652.8.2.125-136Palavras-chave:
novas tecnologias, tecnologias digitais, subjetividades, apropriaçõesResumo
RESUMO: Este artigo propõe algumas reflexões sobre possíveis atravessamentos/impactos nos processos de subjetivação pela apropriação das tecnologias digitais no século XXI e de como seus usos e (supostos) excessos têm impactado nas constituições subjetivas diante de outras maneiras de o homem mostrar/olhar/sentir/ensinar, que se constituem nas relações estabelecidas na sociedade atual. Sob uma perspectiva histórico-cultural, discute-se sobre as apropriações das tecnologias digitais e as constituições das subjetividades (individuais e num contexto social mais amplo), tendo como pano de fundo as ilustrações do quadrinista brasileiro Andre Dahmer. Essas ilustrações foram escolhidas por fazerem parte da obra do autor que, através das redes sociais, divulga um trabalho que nos provoca e nos convida a pensar sobre como nos relacionamos e, consequentemente, (nos) mostramos, (nos) olhamos, sentimos, ensinamos e aprendemos em subjetividades que são atravessadas, constituídas e reconstituídas pelas apropriações das tecnologias no cenário contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE: novas tecnologias; tecnologias digitais; subjetividades; apropriações.
ABSTRACT:This paper proposes some reflections about possible crossings/impacts on subjective processes from the appropriation of digital technologies in the twenty-first century and how their uses and (alleged) excesses have impacted on the subjective constitutions facing other ways humans can show/look/feel/teach, that constitutes the established relationships in the network society. From a historical and cultural perspective, we discuss about the appropriation of digital technologies and the constitutions of subjectivity (individual and in a wider social context), with the backdrop of the illustrations of the Brazilian cartoonist Andre Dahmer, who, through social networks, discloses his work, which provokes and invites us to think about how we relate and therefore, we show and look at ourselves, feel, teach and learn in new subjective configurations with are crossed, constituted and reconstituted by the appropriation of technologies in the contemporary scene.
KEYWORDS: new technologies; digital technologies; subjectivities; appropriantions.
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