Kurze Schatten II
procedimentos composicionais e princípios estéticos
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-6377.2022.36934Palavras-chave:
Análise, Música contemporânea, Teoria da música, Brian Ferneyhough, ViolãoResumo
O artigo propõe uma análise da obra para violão Kurze Schatten II de Brian Ferneyhough. A análise tem como objetivo compreender os procedimentos composicionais e princípios estéticos do compositor, revelando uma aproximação com conceitos oriundos do pensamento de Gilles Deleuze, Felix Guattari e T. Adorno. A partir da compreensão dos elementos que regem a lógica interna da obra é evidenciado que a herança serialista do compositor, desenvolvida à luz do conceito adorniano de música informal está presente nas componentes estruturais de Kurze Schatten II e na processualidade do gesto criativo. O rompimento com o conceito tradicional de unidade percebido na análise origina uma música de transformações, passagens, aproximações e contrastes, efetivada em um espaço rizomático operado por um jogo de diferenças e impermanências. A análise técnica da obra traz a primeiro plano questões que são melhor compreendidas à luz dessas considerações de ordem estética.
Referências
Adorno, Theodor. 1986. Gesammelte Schriften in 20 Bänden. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag.
Benjamin, Walter, 1972. Gesammelte Schriften. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag.
Campolina, Eduardo, 2013. “A Técnica e os Processos Criativos no Século XX: Entre as artes visuais e a música”. Tese de Doutorado. Programa de pós-graduação em música, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Castellani, Felipe M. 2009. “Análise da obra Kurze Schatten II de Brian Ferneyhough“. Per Musi 19: 24-34.
Castellani, Felipe M. 2010. “Uma abordagem sobre a noção de gesto musical nas poéticas de Luciano Berio e Brian Ferneyhough”. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação em música, Universidade Estadual de Campinas.
Castro-Magas, Diego. 2016. “Gesture, Mimesis and Image: Adorno, Benjamin, and the Guitar Music of Brian Ferneyhough“. TEMPO 70: 16-28.
Chaigne, Jean Paul. 2008. “La complexité de la musique de Brian Ferneyhough: Étude philologique et esthétique”. Tese de Doutorado. École doctorale Lettres, sciences humaines et sociales, Nice.
Deleuze, Gilles. 1981 Francis Bacon, Logique de la sensation. Paris: Editions de la Différence.
Deleuze, Gilles. 1988. Diferença e repetição. R. Janeiro: Graal.
Deleuze, Gilles. 1988 Le Pli. Paris: Minuit.
Deleuze, Gilles e Guattari, Felix. 1980. Mille Plateaux. Capitalisme et schizophrénie. Paris: Minuit.
Ferneyhough, Brian. 1990. Kurze Schatten II. Frankfurt am Main: Edition Peters.
Ferneyhough, Brian. 1998. Collected Writings. Abingdon: Routledge.
Ferneyhough, Brian. 1999. “La musique informelle: (à partir d’une lecture d’Adorno)“ in Brian Ferneyhough. Editado por Peter Szendy, 109-117 Paris: Harmattan.
Ferraz, Silvio. 1998. Música e Repetição. S. Paulo: EDUC/Fapesp.
Førisdal, Anders. 2017. Music of the Margins: Radically Idiomatic Instrumental Practice in Solo Guitar Works by Richard Barrett, Brian Ferneyhough, and Klaus K. Hübler. Oslo: NMH-publikasjoner.
Lévy, Pierre. 1996. O que é o Virtual? São Paulo: Editora 34.
Paul Sacher Stiftung. Coleção Brian Ferneyhough. Pasta Kurze Schatten II, 1984.
Strauss, Joseph. Introdução à Teoria Pós-Tonal. S. Paulo: Editora da Unesp, 2012.
Xenakis, Iannis. 1994. “Sur le Temps”. In: Kéleütha: Ecrits. Editado por Alain Galliari, 94-105 Paris: L´Arche.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Per Musi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Exceto onde está indicado, o conteúdo neste site está sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.