Afrocentricity and Chemistry Teaching: Between Advances and Contradictions in an Educational Quilombo
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u681708Keywords:
Afrocentricity, Chemistry Teaching, Educational QuilomboAbstract
This study is based on the Afrocentric perspective and has as its general objective to investigate how it is possible to use Afrocentricity as a theoretical tool in the construction of an Afrocentric proposal for chemistry teaching that is in line with the demands of Law 10.639/03 and related documents. We captured the data using filmic resources and transcribed the audios dividing them into turns. Therefore, filmic records were analyzed whit an approach to the surely discursive between female students and teacher subjects during a teaching and learning proposal. The extracts analyses were divided according to the technique of Conversation Analysis and discussed using the Afrocentric lens, and also studies in chemical didactics field. The results show possibilities of apprehending chemical concepts in Afrocentric classes and that it is possible to build counter-hegemonic pedagogical resources in the chemistry teaching in non-formal educational places, and these can come to meet the political demands of the black population.
Downloads
References
Almeida, G. S. S. (2019). Dos caminhos para a afrocentricidade: Uma experiência no pré-vestibular do Quilombo Cabula. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, (31), 101–118. https://doi.org/10.26512/resafe.vi31.28259
Alvino, A. C. B. (2021). Ensino de química afrocentrado: a contribuição africana para o desenvolvimento tecnológico do país (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás). Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (UFG). https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11741
Alvino, A. C. B., Moreira, B. M., Camargo, M. J. R., & Benite, A. M. C. (2021). A lei 10.639/2003 e o ciclo da cana-de-açúcar: uma intervenção pedagógica no ensino de Química. Rede Latino-americana da Pesquisa em Educação Química – ReLAPEQ, 5(2), 208–229. https://revistas.unila.edu.br/eqpv/article/view/2960
Andrighetto, R., Cardoso, C. R., & Luchese, T. C. (2019). A vivência formativa de uma estudante do Ensino Médio no ambiente universitário: olhares para a Química e a pesquisa científica. Revista Química Nova na Escola, 41(3), 286–299. https://doi.org/10.21577/0104-8899.20160163
Asante, M. K. (2009). Afrocentricidade: Notas sobre uma posição disciplinar. In E. L. Nascimento (Org.), Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora (pp. 93–110). Selo Negro.
Asante, M. K. (2014). Afrocentricidade: a teoria da mudança social. Afrocentricity International.
Barros, H. L. C. (2009). Processos endotérmicos e exotérmicos: uma visão atômico-molecular. Revista Química Nova na Escola, 31(4), 241–245. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_4/04-CCD-7008.pdf
Bastos, M. A. (2020). Transformações da matéria, produção do conhecimento e africanidades no ensino de química. In A. M. C. Benite, M. J. R. Camargo, & N. Q. Amauro (Orgs.), Trajetórias de descolonização da escola: o enfrentamento do racismo no ensino de Ciências e Tecnologias (pp. 351–374). Nandyala.
Benite, A. M. C., Benite, C. R. M., & Vilela-Ribeiro, E. B. (2015). Educação inclusiva, ensino de Ciências e linguagem científica: possíveis relações. Revista Educação Especial, 28(51), 83–92. https://doi.org/10.5902/1984686X7687
Benite, A. M. C., Silva, J. P., & Alvino, A. C. (2016). Ferro, ferreiros e forja: o ensino de química pela lei nº 10.639/03. Revista Educação em Foco, 21(3), 735–768. https://periodicos.ufjf.br/index.php/edufoco/article/view/19877/10624
Camargo, M. J. R. (2018). Estudos sobre a educação para as relações étnico-raciais na formação de professores de química: a experiência do Coletivo Ciata (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás). Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (UFG). https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12161
Carvalho, A. M. P. (2018). Fundamentos teóricos e metodológicos do ensino por investigação. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(3), 765–794. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018183765
Conceição, W. R. (2019). “Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo”: o Movimento dos Quilombos Educacionais em Salvador-BA (Monografia de Graduação em Pedagogia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia). Repositório Institucional da UFBA. http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31507
Conceição, L. F., Gois, L. S., & Lima, R. S. (2020). Tessituras do Ensino de Química: interfaces para abordagens das questões étnico-raciais na sala de aula. Revista Insignare Scientia, 3(5), 137–151. https://doi.org/10.36661/2595-4520.2020v3i5.11520
Cunha, L. R. P. (2008). Oguntec, um novo tom para a ciência na Bahia: O desvelar de uma proposta pedagógica anti-racista para a educação científica de jovens negros e negras (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia). PPGEFHC — UFBA/UEFS. https://ppgefhc.ufba.br/pt-br/ongutec-um-novo-tom-para-ciencia-na-bahia-o-desvelar-de-uma-proposta-pedagogica-anti-racista-para
Cunha Júnior, H. A. (2010). Tecnologia Africana na Formação Brasileira. CEAP.
Diop, C. A. (1974). A Origem Africana da Civilização: mito ou realidade? (Título original: The African Origin of Civilization: mith or reality?). Lawrence Hill.
Emeagwali, G., & Shizha, E. (2016). Interconecting History, African Indigenous Knowledge System and Science. In G. Emeagwali, & E. Shizha (Orgs.), African Indigenous and the Sciences: Journey into the past and present. Sense Publishers.
Fanon, F. (2008). Pele Negra, Máscaras Brancas. Editora da Universidade Federal da Bahia.
Finch III, C. S. (2009). Cheick Anta Diop confirmado. In E. L. Nascimento (Org.), Afrocentricidade: Uma abordagem epistemológica inovadora (pp. 71–90). Selo Negro.
Francisco Jr., W. E. (2007). Opressores-oprimidos: um diálogo para além da questão étnico-racial. Revista Química Nova na Escola, (26), 10–12. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc26/v26a03.pdf
Gomes, F. S. (2011). De olho em Zumbi dos Palmares: Histórias, símbolos e memória social. Editora Claro Enigma.
Gonzalez, L., & Hasenbalg, C. (1982). Lugar de Negro. Editora Marco Zero Ltda.
Hutchby, I., & Wooffitt, R. (1998). Conversation analysis: Principles, practices, and applications. Cambridge: Polity Press.
James, G. (1954). Legado roubado: Filosofia grega é Filosofia egípcia roubada.
Kato, D. S., & Schneider-Felicio, B. V. (3–7 de junho, 2017). Questões étnico raciais no ensino de química: uma proposta intercultural de educação em ciências. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Florianópolis, Santa Catarina.
Machado, C. E. D. (2014). Ciência, Tecnologia e Inovação africana e afrodescendente. Ed. Bookess.
Maia, M. E. (2015). A escola e a formação do estudante negro: o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana (Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Ceará, Limoeiro do Norte, Ceará). Repositório Institucional — UECE. http://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84970
Marques, E. P. S., Rosa, A. A., & Oliveira, F. C. G. P. (2019). A política afirmativa para o acesso à educação superior no contexto do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024. Revista Textura, 21(48), 95–116. https://doi.org/10.17648/textura-2358-0801-21-48-5346
Mazama, A. A. (2009). A Afrocentricidade como um novo paradigma. In E. L. Nascimento (Org.), Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. Selo Negro.
M’bokolo, E. (2012). África negra: História e Civilizações até ao século XVIII. Coleção Tempos e Espaços Africanos.
Ministério da Educação (2002). PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Portal do MEC. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf
Ministério da Educação (2017). Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
Moore, C. (2007). O racismo através da história: da antiguidade à modernidade. Instituto AMMA Psique e Negritude. http://www.ammapsique.org.br/baixe/O-Racismo-atraves-da-historia-Moore.pdf
Moore, C. (2005). Novas Bases para o ensino da História da África no Brasil. In S. A. dos Santos (Org.), Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03 (pp. 133–166). Edições BID/UNESCO/MEC.
Mortimer, E. F. (2010). As chamas e os cristais revisitados: estabelecendo diálogos entre a linguagem científica e a linguagem cotidiana no ensino das Ciências da natureza. In W. L. P. Santos, & O. A. Maldaner (Orgs.), Ensino de Química em Foco (pp. 181–208). Editora Unijuí.
Mortimer, E. F. (1998). Quanto mais quente melhor: Calor e Temperatura no ensino de Termoquímica. Revista Química Nova na Escola, (7), 30–34. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/aluno.pdf
Mortimer, E. F., Mol, G., & Duarte, L. P. (1994). Regra do Octeto e Teoria da Ligação Química: dogma ou ciência?. Revista Química Nova na Escola, 17(3), 243–252. https://quimicanova.sbq.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=5481&nomeArquivo=Vol17No3_243_v17_n3_(11).pdf
Moura, C. (1993). Quilombos: Resistência ao escravismo. Editora Ática.
Munanga, K. (2009). Origens africanas do Brasil contemporâneo: histórias, culturas e civilizações. Global.
Nascimento, A. (2019). O Quilombismo: Documentos de uma militância pan-africanista. Editora Perspectiva.
Nascimento, B. (2006). O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In A. Ratts Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Imprensa Oficial.
Nascimento, E. L. (2008). A matriz africana do mundo. Selo Negro.
Nascimento, E. L. (1981). O Pan-africanismo na América do Sul: emergência de uma rebelião negra. Editora Vozes.
Njeri, A. (2019). Educação afrocêntrica como via de luta antirracista e sobrevivência na maafa. Revista Sul-americana de Filosofia e Educação, (31), 4–17. https://doi.org/10.26512/resafe.vi31.28253
Noguera, R. (2012). Ubuntu como modo de existir: elementos gerais para uma ética afroperspectivista. Revista da ABPN, 3(6), 147–150. https://abpnrevista.org.br/site/article/view/358
Oliveira, G. S., & Ferreira, S. D. A. (21–23 de setembro, 2011). Quilombos contemporâneos: diálogos entre passado e presente em uma perspectiva educacional de resistência. V Colóquiio Internacional “Educação e Contemporaneidade”, São Cristóvão, Sergipe.
Paiva, V. A. S. (2016). O Egito como componente curricular de história: desafios e possibilidades no ensino de história da África (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás, Catalão, Goiás). Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (UFG). https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/623/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o_-_Viviane_Aparecida_da_Silva_Paiva_-_2016.pdf
Paiva, E. S., & Silva, O. R. (24–26 de outubro, 2019). O uso do tempo pedagógico numa escola de tempo integral no ensino médio. VI Congresso Nacional de Educação (CONEDU), Fortaleza, Ceará. https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/61794
Pellegrin, T. P. (22–24 de maio, 2017). A linguagem matemática no ensino de ciências da natureza: algumas reflexões. II Seminário de Educação, Conhecimento e Processos Educativos, Criciúma, Santa Catarina. https://periodicos.unesc.net/ojs/index.php/seminarioECPE/article/view/3962
Pereira, A. A. (2012b). O movimento negro no Brasil republicano. In C. V. Dantas, & H. Mattos & M. Abreu (Orgs.), O negro no Brasil: Trajetórias e lutas em dez aulas de história (pp. 99–112). Editora Objetiva.
Pereira, M. S. (2012a). Quilombos e fugas. In C. V. Dantas, & H. Mattos & M. Abreu (Orgs.), O negro no Brasil: Trajetórias e lutas em dez aulas de história (pp. 33–43). Editora Objetiva.
Pietrocola, M. A. (2002). A matemática como estruturante do conhecimento físico. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 19(1), 89–109. https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/9297
Pinheiro, J., & Silva, R. (21–24 de julho, 2008). Mobilização de Saberes Docentes no processo de produção de Objetos de Aprendizagem que atendem a lei 10.639/03. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ), Curitiba, Paraná.
Ratts, A. (2006). Eu sou atlântica: Sobre a trajetória de vida de Maria Beatriz Nascimento. Imprensa Oficial.
Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004 (2004). Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf
Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018 (2018). Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. MEC/SEB. https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/CNE_RES_CNECEBN32018.pdf
Santos, A. B. (2015). Colonização, Quilombos: modos e significados. INCTI/UnB/INCT/CNPq/MCTI.
Santos, M. A., Camargo, J. R., & Benite, A. M. C. (2020). Quente e frio: sobre a educação escolar quilombola e o ensino de química. Química Nova na Escola, 43(3), 269–280. https://doi.org/10.21577/0104-8899.20160209
Santos, M. C. (2017). O Ensino da História e da Cultura Africana e Afrobrasileira Como Promoção de Saberes e Práticas Feministas e Descolonizadoras. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11&13th Women’s Worlds Congress, Florianópolis, Santa Catarina. http://www.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1499454163_ARQUIVO_MileneCristinaSantos_FazendoGenero.pdf
Santos, P. R. (2010). Pensamento negro e educação: O Instituto Steve Biko (Monografia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia). Repositório Institucional da UFBA. http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32714
Santos, V. L. L. (2018). Sobre as operações unitárias e a implementação da Lei 10.639 no ensino de química: o ato de cozinhar como prática social (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás). Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (UFG). https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8496
Sertima, I. V. (1989). Egypt revisited: journal of african civilizations (2ª ed.). Fifth Printing.
Silva, M. (2016). Afrocentricidade: um conceito para a discussão do currículo escolar e a questão étnico-racial na escola. Revista de Educação PUC-Campinas, 21(2), 255–261. https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/2903
Souza, C. R., Verrangia, D., & Pierson, A. H. (2019). Visões de estudantes universitários/as negros/as acerca da ciência e tecnologia, no contexto da educação das relações étnico-raciais. Educação, Sociedade & Culturas, (55), 111–130. https://doi.org/10.34626/esc.vi55.41
Souza, N. S. (1983). Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Edições Graal.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Zambi Lumumba (Michel M. Lima), Marysson Jonas Rodrigues Camargo, Anna M. Canavarro Benite
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The authors are responsible for the veracity of the information provided and for the content of the papers.
The authors who publish in this journal fully agree with the following terms:
- The authors attest that the work is unpublished, that is, it has not been published in another journal, event notices or equivalent.
- The authors attest that they did not submit the paper to another journal simultaneously.
- The authors retain the copyright and grant to RPBEC the right of first publication, with the work licensed simultaneously under a Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- The authors attest that they own the copyright or the written permission from copyright owners of figures, tables, large texts, etc. that are included in the paper.
- Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (for example, to publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) after the publication in order to increase the impact and citation of published work.
In case of identification of plagiarism, inappropriate republishing and simultaneous submissions, the authors authorize the Editorial Board to make public what happened, informing the editors of the journals involved, any plagiarized authors and their institutions of origin.